Mostrando postagens com marcador Jesus. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jesus. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 10 de abril de 2012

Série - O Reino de Deus #1


O que é o Reino de Deus? Existem tantas complicações para se definir algo que, após esse estudo, pareceu ser tão simples. Vamos então começar uma boa conversa sobre isso? Bom, nosso ponto de partida foi o seguinte pensamento: quem pode falar do Reino com propriedade é quem o conheceu por completo. Nesse caso, Jesus Cristo, então adotamos o estudo nas bases dos 4 evangelhos da Bíblia. Qualquer outro autor só deve ser levado em conta se, somente se, inspirar-se em Jesus. Então, relevamos todos eles e partimos direto para a fonte. Os textos estão com base na ordem de pensamento do estudo. Ou seja, vamos garimpando e ao final faremos uma recapitulação com conclusões. Não perca e se perder volte e leia na ordem. Toda terça e sexta, às 11 horas da manhã, vai sair um novo texto. Bem vindos ao sofá.

#1

João Batista anunciava o Reino dos Céus. Uma expectativa que, provavelmente, era de muitos judeus da época.

E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus. Mateus 3: 2

O Reino era uma aspiração celestial, ao mesmo tempo que uma expressão terrena também. De certa forma, a busca por esse Reino era pelo esforço, e esse por sua vez foi o ponto de partida da pregação de Jesus. No sermão do monte essas primeiras impressões foram bastantes enfatizadas.

E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. Mateus 4:23

Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus. Mateus 5:19,20

Nessa ordem teremos a oração do pai nosso, mas vamos pulá-la agora para lhe dar um destaque no final.

Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mateus 6:33
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Mateus 7:21

Importante destacar a oração do Pai Nosso durante a ministração do sermão, conhecido pelo nome de “sermão da montanha”. O verso: “venha o teu Reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu”, traz um entendimento, que visto dentro do contexto da oração feita, nos revela praticamente toda uma síntese da ideia de Jesus sobre o Reino. Caminharemos nas leituras para retornar a ela em um momento perto do desfecho.

Uma outra característica do Reino, apresentada cadencialmente por Jesus aos judeus, é de que seu povo não seria apenas judeus e sim uma multidão de diferentes raças que se encontrariam ao encontrar o próprio Reino. O texto a seguir traz um contexto bastante interessante, quando o Mestre se admira de ver o entendimento da fé cristã em um romano, coisa que ele mesmo disse não ter encontrado entre os filhos judeus.

Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus; E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes. Mateus 8:11-12

Em todos os dias Jesus continuava a expor o Reino dos Céus, de diversas maneiras, e acrescentando novas temáticas e características no decorrer de cada discurso. Como príncipio, até aqui, ensinava as multidões e um grupo de díscipulos, que foram escolhidos para acompanhá-lo em tempo integral, até que impulsionou o ensinamento do Reino para um nível diferente: o estágio da vivência do próprio Reino. Jesus então designa a mensagem do Reino para cada um dos díscipulos. Não que eles tenham compreendido plenamente o que era, todavia esse fato é tão peculiar que merece ter nossa atenção aos acontecimentos decorridos dele.

E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. Mateus 9:35

E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Mateus 10:7

Muitos ainda não tinham tido a revelação completa do Reino, o próprio João Batista era um exemplo, pois estando preso ainda pediu que seus díscipulos pessoais fossem até Jesus e lhe indagassem sobre todas essas coisas.Talvez, e enfatizo esse talvez, as coisas se dessem nesse modo pelo esforço que até o momento sempre tinham que fazer para alcançar a revelação das coisas espirituais. Penso sobre isso exatamente ao ler o texto em que Jesus deixa novamente claro que até aquele momento o esforço designava a recompensa do Reino, porém a partir daqui ele estabele um marco, um antes e um depois.

Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele. E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele. Mateus 11:11-12

Aquela época foi carregada de tensões, alguns humildemente procuravam Jesus para compreender os mistérios apresentados, como João Batista, entretanto, muitos por apego às suas doutrinas partiam para uma ofensa desmedida e abusiva dos ensinamentos de Jesus. Em determinado momento os fariseus (ramificação doutrinária dentro do próprio judaismo) partiram para a blasfêmia, a expressão declaradamente degradante do ministério e do Espírito de Jesus. O mestre revela a posição celestial diante dessas palavras contra seu Espírito e expõe as verdades diante dos olhos daqueles homens. Um dos textos que falam do Reino nesse episódio traz exatamente a afirmação de que seria incabível a ausência da presença de Deus no ministério do Messias.

Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus. Mateus 12:28

Naquele mesmo dia, explica S. Mateus, Jesus traz uma de suas primeiras parábolas, histórias, sobre o reino. E uma posição de alto contraste em seus ensinamentos, a explicação de que, ao contar as histórias, esse ato era para que as maravilhas do Reino fossem reveladas para alguns, enquanto para outros passassem desapercebidas.

Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. Mateus 13:11-13

Esse contexto é o da parábola do semeador, uma primeira metáfora para aquela situação onde todos ouviam a mensagem do Reino, porém cada um tinha uma forma diferente de recebe-la. Logo após acrescentou uma outra história, sobre uma semente plantada em boa terra, todavia ao crescer, traz um fato aos colheitores: a existência do joio. Um tipo bastante semelhante ao trigo, porém que não serve para os mesmos fins que o trigo. Isso é semelhante ao Reino dos Céus.

Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo; Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio. E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio? E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo? Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro. Mateus 13:24-30

À mesma conversa, tiveram mais duas histórias acrescentadas sobre o Reino. Ambas parecem dizer a mesma coisa, porém revelando características diferentes. O assunto, crescimento do Reino. O modo, na primeira, o crescimento dentro de uma pessoa ou algo a ela pertencente, que gera uma base forte e auxílio/descanso para os demais; na segunda, o Reino é o fator que gera crescimento, por si só, em algo específico.

Paramos por aqui por hora. Até sexta-feira.


Gostou dá um like, comente abaixo ou no email: fiodarabiola@gmail.com

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Humanos - Parte 01






 "Um olhar para o céu, nossa casa, esquecendo o mundo e caminhando de volta ao lar!"


Cresci com um ar de nômade permeando os ambientes em que andava. Como logo cedo fui pra igreja evangélica esse ar foi da esfera externa para a interna e rapidamente me vi um peregrino em terra alheia.
Nossa casa era o céu, estávamos no mundo, todavia sem ser daqui. Olhava o céu desejando-o, sentia saudades como se tivesse passado as últimas férias lá. Desejava tanto ir além das nuvens...


Até que me fizeram o favor de, a um evangélico, pregar o evangelho. Suspirei ao destino e tomei rumo ao Cristianismo. Fui buscar em Jesus Cristo as palavras suaves que ouvi.  Deixei a religião, ou melhor, estou deixando a religião e tentando trilhar um caminho junto ao Guia da Verdade.
Hoje, da fama de questionador que me impuseram, resolvi entender um pouco do saudosismo daquilo que não vivi.

"Um olhar para o céu, nossa casa, esquecendo o mundo e caminhando de volta ao lar!"

Jesus, esse papo de andarilho terráqueo foi dito por você quando mesmo?

Para escrever esse texto fui ler as 04 versões do evangelho, amplamente aceitas, a saber: Os evangelhos segundo Mateus, Marcos, Lucas e João.

Reservo a primeira parte desse texto para as versões de Mateus e Marcos.
Ao lê-las não encontrei nenhuma menção de um Jesus dizendo para aspirarmos ao além em detrimento do aquém. Claro, antes de comentários logo abaixo, estou referindo à Mateus e Marcos. Fique calmo na sua cadeira!

Onde quero chegar? Simples! Já ouviu o ditado popular “o que os olhos não vêem, coração não sente”?

As pessoas confundem o esperar em Jesus com o desejar o Céu a ponto de desprezar a Terra. Muitos abominam tudo que se pode ter no planeta por desejar ser levado ao céu. Isso faz com que algumas coisas diminuam...

- A humanidade. Tudo gira em torno das “almas”, meio estranho para quem não é do convívio evangélico. Mas a verdade é que todo interesse em alguém ou em uma amizade se dá para atraí-la a uma igreja, uma religião e por fim a salvação. Não se importa com o Homem, por ser humano, com as pessoas por ser pessoas.

- A gratidão. É sim, essa é a palavra. “A terra deu Ele aos filhos dos homens...” lembra do Salmo? Lembra-se que esse globo foi feito para nós cuidarmos dele? Queremos tanto sair dele e abandoná-lo a uma cadência de destruição que simplesmente estamos negligenciando um presente de Deus.
Daí você diz... E quando Jesus orou “eles não são do mundo”, isso guarda especialmente para a parte dois do texto, pois foi dito no livro segundo João.

Todavia uma palavra surge nessa recapitulação dos evangelhos (Mateus e Marcos).
“VIGIAI”
E quando ela foi citada o contexto é acompanhado por duas, ou melhor, três parábolas.

- As dez virgens. Vigiar. 5 mantiveram acesas as lâmpadas, as demais por falta de óleo deixaram as suas apagar.
 - A história dos servos que ganharam talentos (alguma coisa que poderia ser taxada como propriedade de troca, dinheiro, habilidades, títulos etc.). Todos investiram e multiplicaram apenas um enterrou e nada fez com ele.

Contexto de ambas: Alguém voltaria para encontrar com eles, na primeira o noivo, na segunda o dono dos talentos. Ambas as personagens ilustram a identidade de Jesus.

Conclusão simples: Esperamos o Messias voltar, por isso não podemos negligenciar a presença do Espírito Santo em nossas vidas (óleo) e muito menos sermos omissos quanto ao que fomos destinados a fazer.

O que fomos destinados a fazer?

A terceira estória antecipa a própria comissão da missão cristã. Essa parábola fala sobre o julgamento das nações, onde as pessoas pelos atos que tiveram em relação às demais pessoas seriam julgadas. Os indivíduos que se posicionaram na missão cristã (AMAI AO PRÓXIMO COMO EU VOS AMEI, frase de Jesus Cristo) ouviram:

“Quando fizeram por um destes, fizeram a mim”

Estes herdariam o céu, os demais por omissão estariam encrencados. Em ambos os livros, Mateus e Marcos, o final é descrito pelo colóquio de Jesus com seus discípulos. Onde mundialmente são reconhecidas as últimas indicações missionais dadas por Jesus. Todas voltadas para o ser humano.

Conclusão da parte 01:

Quanto menos olharmos a Terra e as pessoas que moram aqui, menos perceberemos a necessidade, já previamente exposta por Jesus, de ajudarmos e amarmos uns aos outros. E fazer um olhar tão mesquinho assim não me parece ser a vontade de Jesus. Reflita.

Tem mais, muito mais sobre esse assunto, vale passar aqui no sofá semana que vem... na Parte 02.


Gostou dá um like, comente abaixo ou no email: fiodarabiola@gmail.com



 Por B. Lobo

terça-feira, 24 de maio de 2011

Série Quem é Você? #9

Jesus está vivo! Sério, onde? Jesus responde suas orações! Sério, porque não respondeu a de ontem a noite? Jesus te ama! Poxa vida podemos dar um nobel por isso?

#9 Como vossos poetas já dizem...

Quando eu era pequeno aprendi uma história: "Se eu não for um bom menino, Deus vai castigar" (Zé Ninguém, Biquini Cavadão).

Quando eu era adolescente ouvi dizer que Ele era o designer dos destinos.

Bem certo, na juventude ouvi dizer que poderia eu mesmo ser Deus ou que ele na verdade nunca existiu.

Hoje me perguntei porque tantas opiniões sobre Deus? Bom, na verdade acho que não são várias opiniões sobre um Deus. Porém, uma opinião para cada Deus conhecido.

Jesus Cristo disse que só ele poderia ser o primeiro a definir de verdade a Deus, afinal ele tinha conhecido ele pessoalmente. Mas qual Jesus? O Jesus que apareceu na história contando lendas e foi morto, após ter sido gerado de um possível estupro de um soldado? Ou aquele cara que estudou tanto a lei que foi tomado por mestre e imortalizado pela imaginação dos discípulos? Ou aquele filho de Deus que veio perdoar pecados e resgatar os homens, (afastados?), de Deus? Ou ainda aquele que ressucitou? Ou ainda aquele que ressuscitou, foi pro céu e ainda vai voltar? Ou aquele que fez tudo isso e deveria ter voltado sábado passado?

Sabe acredito que cada povo tem o Deus que merece. O Jesus que mais lhe convém ou os deuses e os messias que achar que precisa para pacificar sua conciência.

Uns são sensitivos e tem experiências. Outros são racionais e tem revelações. Outros querem abstrações. Há um Deus para cada humano. Há um messias para cada pecador. Há uma religião para cada necessidade.

Na boa? Acho que aquela pedra nunca saiu do sepulcro de Jesus. Ou que ele nem entrou lá! Você acredita nisso? De verdade? Vou ter que sorrir de você e me sentar do seu lado. Pois eu também acredito. Tentei não acreditar e ainda estudo a história para tirar a "prova dos 9" para saber se é ou não verdade essa história. Mas eu acredito.

Não acredito no papo "Ele é seu Senhor, submeta-se!". Acredito no Jesus irmão. O "Senhor" foi medieval, foi daquela época. Acredito no senhorio de Cristo! Mas não nele como esse tal Senhor. Se ele nos chama irmãos e amigos porque preciso me portar a ele como servo? Sei que ele é meu Deus e reconheço seu senhorio, mas não um lado macabro de um Rei feudal que dá ordens arbitrárias. Acredito no senhorio do rabino que caminhou dando direcionamento e abraços ao mesmo tempo. Que observou os lírios e disse que há poda nas árvores, mas que há jardineiros que pedem mais tempo para as árvores frutificarem.

Jesus morreu há muito tempo. Mas deixaram a pedra na porta do sepulcro. Afinal as pessoas queriam um Messias. Ele foi Messias. Mas queriam um Rei. Ele foi. Mas não o aceitaram como irmão. Muito menos como amigo. Insistem em lhe chamar de Senhor. Mas ele disse: "E dirão: Senhor, Senhor! Fizemos isso e aquilo em seu nome". Porque isso? Oras, porque você insiste em negar a família para ser escravo? Pedir perdão ao invés de ser perdoado? Viver martirizando a santidade ao invés de ser tomado pela graça?

Escritor em qual Jesus você acredita?

Eu acredito no Jesus que saiu do sepulcro e acredito que o que saiu foi o mesmo que entrou. Santo, amoroso, Rei, Deus, Senhor...AMIGO E MEU IRMÃO.

Posso escolher o Jesus que dá dinheiro. Ou aquele que cura. Tem aquele que ama e é libertador. Ainda há o Senhor. Não quero escolher um Jesus que me convém. Quero aceitar o que existe, quero acreditar no verdadeiro e não no que me agrada. Para ele peço ao Espírito Santo que me guie. Peço que não me permita deixar a pedra no sepulcro impedindo o verdadeiro de sair por um clone mais pós moderno vir me dá as mãos.



Gostou dá um like, comente abaixo ou no email: fiodarabiola@gmail.com

terça-feira, 17 de maio de 2011

Série Quem é Você? #8

Ele acordou sozinho e teve que trabalhar. Não era nenhum dia de trabalho, era o fim de semana. E entusiasmado começou... A garganta ressacada anunciou uma terrível inflamação. Embrulhou o estomago depois do almoço e se dopou com os comprimidos para resolver a situação.O quarto se tornou escuro pelo cair da tarde, a meia luz trouxe uma sensação de tristeza no coração.

Engraçado como as pessoas vivem sozinha nessa era pós-moderna. Muitos moram sozinhos, outros tantos chegam à velhice sozinho. Outros vão morar longe da família, em outros estados. Outros vivem em relacionamentos, mas continuam sozinhos em suas casas. Outros tentam se juntar, mas parece que continuam sozinhos mesmo em uma casa cheia ou uma república alvoroçada.

Ligou o som do CD Duals do U2 e viajou com seus pensamentos. Desejou muito ter uma mulher para lhe acompanhar, mas apesar de querer muito um relacionamento, não queria nada momentâneo ou desinteressante. "Cadê as mulheres interessantes?" perguntava-se. Ficou triste desenhando o final do seu trabalho.

O que me indigna mesmo é que a solução da tristeza não é a alegria. Nem a solução da solidão o acompanhamento. O que nos faz tristes e solitários é determinado por causas tão variadas que é impossível lhe receitar uma solução.

Ouviu na letra de uma música o nome Jesus (the wanderer, U2) e foi buscar a letra. Que por coincidência era algo que fazia parte dele. Sentiu saudades, sentiu um sentimento de amor. Sentiu que queria estar perto dele. Sentiu ele. Por um momento na solidão sentiu alguém, que lhe era mais que físico era de dentro e de fora de si mesmo. Sentiu-se feliz. Sentiu paz. E a noite chegou. A tristeza aumentou na escuridão. Embora soubesse que estava perto de alguém que era só chamar para que sentisse novamente e se quisesse continuamente aquela sensação que sentirá a pouco.

João 14. Ele prometeu não nos deixar órfãos (sozinhos e sem parentesco). Ele prometeu estar conosco pelo seu Santo Espírito. Ele disse que nos daria paz, não a que costumamos pedir para nosso povo, uma outra que é indefinível, pois só pode ser sentida. Aprecie o capítulo, entenda. Boa semana.

Gostou dá um like, comente abaixo ou no email: fiodarabiola@gmail.com

terça-feira, 3 de maio de 2011

Série Quem é Você? #7




O contador de histórias...


Mas um dia no Oriente Médio. Na época em que provavelmente os rumores políticos de Roma incomodava os bons judeus, que tentavam as margens do mar da Galiléia pescar alguns peixes. Jesus ia e vinha pelas estradas de chão em toda Judéia e Samaria, caminhava um pouco além e retornava a visitar outros e os mesmos povoados hebreus.

Imagine um homem de trinta anos que estudou o necessário e trabalhou tal qual os proletariados do século XX. Um homem que provavelmente estava surrado pelo clima áspero da região.

Suas viagens eram muito cativantes e imagino um homem extremamente silencioso pelo caminho, seu olhar percorrendo os lírios, observando as aves, vendo ao longe as montanhas. Entrando nas cidades e vendo os costumes e as culturas, que pelos adventos já se misturavam umas às outras. Ele havia sido carpinteiro, agora era profeta itinerante. Lembrava, certamente, da sua mãe ordenando as coisas em casa e de seu pai meticuloso no manejo da madeira.

Aquele saudosismo todo era expresso pela visão dos jovens carregando coisas para seus pais pelas ruas e outros brincando e se escondendo dos afazeres. Era de se entender que com atmosfera nada sutil do lugar a preguiça tomasse das pernas aos cabelos cada jovem que se encontrasse por ali.

Daí então, no meio de uma conversa que se tornava muito tensa, as memórias lhe faz sobrepor um exemplo sobre o debate que se seguia...

"Havia um homem que tinha dois filhos. Chegou-se ao primeiro e lhe mandou cuidar do campo. Este prontamente disse "sim", mas quando o pai se afastou continuou por ali deitado sonolento por seja lá qual motivo fosse.
O mesmo homem ao andar pela casa encontrou o segundo filho. Chamou o mesmo e lhe mandou cuidar do campo. Sentindo o tamanho desconforto para realizar aquilo disse ao pai um grande "não" e se foi de volta ao quarto. Porém, ao estar no quarto fazendo qualquer coisa que nem era importante, acabou por sentir que estava errado e levantou-se e foi cuidar do campo."

Jesus ao contar isso viu que os jovens estavam prestando atenção, afinal seus pais estavam lhes cutucando enquanto ouviam a história, bem junto a eles ficaram os mais velhos também pensativos sobre o discurso. No contexto da história, toda a narrativa dirigia a uma interpretação mais firme, mas ilustrando sutilmente a história vemos a construção dos personagens revela algo que era fato que ia além de um improviso expontâneo.


"Qual dos filhos agiu corretamente?"

Obviamente todos criticaram o primeiro filho por dizer não, embora no final dessem para o mesmo os parabéns pela obediência.

Acredito que o Mestre quis contar uma história que pudesse ser percebida diferentemente, analisando o ponto de vista de cada personagem. Ressaltarei apenas um, os outros ficam ao critério de vocês... e a história como um todo vale a pena ser lida depois para entender que essa cena quis dizer algo mais.





Descontruindo uma personagem da história...



O pai bem sabia que nenhum dos filhos estava disposto a fazer a tarefa. Mas chamou os dois para a mesma coisa. Não quero criticar o primeiro filho, apenas dizer o seguinte...

Nosso Pai conhece nossos corações e sabe que lhe queremos e iremos dizer-lhe "não". Vamos negar fazer, mudar e executar algo. Todavia ele sabe que mesmo troncudos e marrentos nosso coração ainda se comove ao ouvir sua voz. É por isso que mesmo sabendo que estamos relutantes em mudar ou fazer ele vem e nos comunica algo. Ele confia em nós mesmo com nossos defeitos, por que no fundo, no fundo ele sabe que ouviremos o Espírito Santo e com sua ajuda poderemos fazer algo. Não faremos porque Ele nos pediu (não somos do tipo puxa-saco). Nem porque somos bons (afinal não somos). Faremos por amor. Ele nos amou, nós o amamos. E a bíblia diz que o amor cobre multidão de pecados. Não importa nada nessa vida a não ser o amor. Enquanto não tivermos medo de amá-lo mesmo sendo os filhos que dizem "não" estaremos sempre dizendo "sim". Porque não são nossas palavras e nossa cara emburrada que grita, e sim nosso coração. Danem-se quem pensa ao contrário, ele confia em nós porque sente o amor.

"Mesmo se formos infiéis ele permanece fiel...". Infidelidade não afasta Deus. O "não" não afasta Deus. O amor nos faz ser da família. E faz dele ser nosso Pai.

Acredito que algo assim, dentre tantas as outras coisas, o contador de histórias quis dizer no meio de pequenas frases.


Reflita, leia o texto e deixe que a história se revele a você. Tenha um bom almoço...=D



p.s: Referência São Mateus 21.28-31


p.s2: A postagem saiu atrasada, por que o agendamento de publicação não funcionou...kkk...desculpas...\o

Gostou dá um like, comente abaixo ou no email: fiodarabiola@gmail.com

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Jesus conhecia homossexuais! Ou você está convencido que não?

Imagem aleatória do Google Images - Aqui



Há algum tempo estava a fim de escrever sobre homossexualidade no blog e não sei por que cargas d'água decidi que o dia seria hoje.

O cristianismo é muito interessante. E estudá-lo é mais interessante ainda. Acreditar nas escrituras e estudá-la se torna um hábito para aqueles que insistem em descobrir o que há de genuíno nessa religião. Sim, estou dizendo religião. Não defendendo uma ou outra insinuação da etimologia da palavra. Mas, utilizando-se do conceito popular universal de uma forma de culto ao divino, tomando "forma" no sentido de doutrinas e liturgia.

Nessa trilha pela genuinidade do cristianismo o primeiro passo é dado na direção do seu fundador, Jesus Cristo. E na observação desses princípios básicos é que se tenta recriar hoje um cristianismo mais cristão (embora pareça ser redundante a frase) e menos dogmático e litúrgico.

E como se entender a homossexualidade dando os passos rumo a Jesus?

Antes de responder essa pergunta ou ousar apresentar uma resposta pertinente apenas, precisamos reconhecer o tempo e alguns fatores sobre o próprio Jesus.

1 - Todos sabem que Jesus nasceu exatamente na época em que o Império Romano era o dominador do mundo conhecido. Posteriores a época helenista, onde muitos aspectos dessa cultura grega foram incutidos neles, o Estado Romano se difundiu e evolui pelas terras conquistadas. Entre as conquistas encontraremos o povo judeu. Esse povo cheio de tradições e rígida cultura religiosa abrigaram o surgimento de Jesus Cristo. Está aqui então o primeiro fato que temos que aceitar. Jesus Cristo viveu entre judeus e freqüentou várias cidades, durante suas idas e vindas ele teve contato com romanos (fossem soldados ou autoridades, dentre outros). O que quero dizer com isso, tanto pelas cidades circunvizinhas às aldeias judaicas quanto pela miscigenação de Jerusalém, Jesus viu muitos cidadãos que tinham feito a opção homossexual.

2 - Segundo fato a se levar em consideração é que Jesus (pelos 04 evangelhos reconhecidos em sua autenticidade) nenhuma vez sequer faz menção à homossexualidade. Ele fala sobre tudo, moral, caráter, dinheiro, família, egoísmo, morte, vida, etc. Agora de todos os assuntos abordados pelo Mestre a homossexualidade não foi citada. Não acredito que tendo citado o tema, judeus tão fervorosos como eram seus discípulos, teriam se esquecido de relatar essas palavras depois para os textos bíblicos.

Bom, entrando no assunto mais a fundo. Quero lhes ressaltar algo utilizando as palavras de um ótimo pensador antigo chamado Voltaire:

"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."

Com base nos fatos apresentados e na frase citada, pretendo dar-lhes minha resposta para a pergunta acima.

Jesus bem sabia o que haveria de acontecer nos anos seguintes (ele mesmo cita que pessoas em seu nome fariam as aberrações das cruzadas enganando a todos e também sabia que iríamos crer nele, pois de fato orou por isso no Getsêmani. Entre outros versos também.) sendo o homem sábio que era se preocupou com uma coisa apenas...

"amem-se uns aos outros como eu vos amei"

Jesus foi o homem que perdoou a prostituta, tocou impuros, almoçou com ladrões, aceitou religiosos, conversou com desprezados, enfim... Jesus não tinha fobia a nada! Ele sempre expressava sua opinião (se concordava ou não com os atos que via), todavia em nenhum momento agiu com fobia. Inclusive na única passagem em que dá uma resposta intimidadora (a mulher sírio-fenícia que pediu a cura da filha) ele NÃO agiu com fobia, tendo todos os outros que estavam próximo feito isso. Mesmo não podendo (pela lei dos judeus) designar um milagre direto a ela, ele deu um jeito e lhe foi solução.

Agora se ele se esforçou tanto para nos ensinar isso, porque ele não falou de homossexualidade? Acredito que ele sabia que usaríamos de qualquer texto para utilizar como um pretexto para sermos uma espécie de Hitler, declarando jihad, matando e exterminando homossexuais.

E sem ele ter dito nada abertamente essa religião atual se utiliza de menos de 10 versículos em todo o novo testamento para excomungar e desprezar os homossexuais. Seria isso que Jesus faria? Acredito fielmente que não. Se bem li os textos, estou convencido de que pelo contrário, ele marcaria um almoço para falar de acontecimentos políticos com eles.

Agora toda essa guerra pelos direitos hetéros e homo é um tanto ridícula e nada vejo de Jesus nela. Esse direito de não ter uma funcionária homossexual trabalhando com sua família ou em sua empresa é tão preconceituosa tendendo a fobia quanto uma atitude de não se contratar ou ter perto evangélicos, religiosos afins.

Deus nos fez livre e Jesus respeitou essa liberdade. Não discutimos nesse post o certo ou errado, mas a existência ou inexistência do amor entre as pessoas. Não vejo Jesus militando nem a favor nem contra a PL 122 e sim conversando em um piquenique com pessoas a favor e contra o projeto de lei. Inspirando o amor entre elas, o respeito que permite você mesmo sem concordar com as palavras da outra pessoa desejar-lhe a permissão à fala. Nisso vejo Jesus. E o certo e o errado? Onde entra a ausência da religião ou do pecado? Quem define pecado ou extremismo religioso? Diga-me vocês que já leram a bíblia em que momento vocês se esqueceram de que lá fala que é o Espírito Santo que tem o trabalho, a pureza e a perfeição para dar a ambos os grupos o destino à verdade?


Uma boa noite.

Gostou dá um like, comente abaixo ou no email: fiodarabiola@gmail.com

terça-feira, 29 de março de 2011

Série Quem é Você? #5

 Jesus era um homem muito diversificado. Todos que comentam sobre ele revelam uma faceta nova e uma observação diferente da sua personalidade. Não por motivo que era uma pessoa de diversas personalidades, ao contrário era um indivíduo de diversos talentos. Por isso, cada característica de sua vida impressionava mais tal pessoa do que outra, assim sendo, um gigantesco mosaico falando dele foi construído.

Dentre as diversas características, hoje, começaremos a (na métrica permitida a um post) destrinchar uma em especial. Sua arte de fazer alegorias e contar histórias.


O CONTADOR DE HISTÓRIAS

Jesus sempre que começa a ensinar, demonstrar alguma verdade, ilustrar um acontecimento etc, tomava as histórias como melhor ferramenta para fazê-lo. Todavia, não gostava das histórias por serem mais fácil das pessoas entenderem, até porque algumas delas se metaforizavam de tal forma que até aqueles que durante três anos estavam acostumados a ouvir seus discursos não as entendiam. Porém, isso é assunto para uma outra oportunidade…

Suas histórias são contadas pelos livros e, como o livro de S. Mateus é o primeiro do Novo Testamento começaremos a examinar as histórias dele. A primeira a ser encontrada está no capítulo sete nos versos vinte e quatro até o vinte e sete. Acompanhe o texto tal como lá está (Versão Católica):

    Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha.

    Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha.

    Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia.

    Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína.

    Quando Jesus terminou o discurso, a multidão ficou impressionada com a sua doutrina.

    Com efeito, ele a ensinava como quem tinha autoridade e não como os seus escribas.

Uma personagem, uma casa. Outra Personagem, outra casa. A mesma situação climática.

No contexto Jesus havia falado durante um longo período para aquela multidão. E eram uma platéia muito diversificada, havia jovens e idosos, crianças e mulheres, ricos e pobres, cultos e não-estudados, trabalhadores e soldados. Em especial essa multidão foi a que ouvia o famoso (como alguns gostam de rotular) “Sermão da Montanha”. O Mestre conhecia seus ouvintes, sabia que havia ensinado coisas muito sérias e que não deveriam ser esquecidas.

A história que ele utiliza nessa ocasião é ressaltando com clareza uma ação que todos, indepente de quem fosse, entenderia. Todos já haviam visto construções, casas prontas. Todos já haviam experimentado grandes chuvas e período intenso de calor. Imagino o Mestre construindo em sua mente a alegoria perfeita.

Aquele que ouve e prática é semelhante a um homem que decentemente constrói sua casa. Aquele que simplesmente ouve da boca para fora é igual a alguém que edificou a casa sobre a areia.

Quantas vezes ouvimos palestras, aulas, discursos, oficinas, seminários, conversa do dia a dia e, não conseguimos manter nossa mente focada. Grande parte do que ouvimos diariamente é esquecido, grandes ensinamentos são perdidos constantemente. Muitas pessoas dizem “não preciso de tal matéria” e no passar dos anos se descobre em um momento em que o ensinamento antes desprezado seria incrivelmente útil. Assim somos, temos nossa mente vagando sempre.

As situações da vida, boas e más, ocorrem para todos. Mas o início de tudo é ouvir, entender e práticar. Jesus tinha começado sua pregação, as multidões o ouviam a pouquissímo tempo. Uma coisa ele já sabia, muitos desprezariam e esqueceriam aquilo que haviam ouvido. Para o bem delas, quando o tempo díficil da vida chegasse (as tempestades na história) era importante que elas se lembrasse da imensidão do amor do Messias.

Incrivelmente as histórias que ele contou a partir dessa se interligam e mesmo contadas para pessoas diferentes, em lugares e tempos diferentes todas as histórias contam uma história maior. Te convido a montar esse caminho deixado através de alegorias junto comigo. O ínicio da jornada sobre as histórias que montam uma história maior começa com:

Escute e edifique sua vida com base no ensino que tem ouvido.

Como farei isso? Porque eu farei isso? Isso se responderá nas próximas duas histórias… Por hoje, boa noite!

Gostou dá um like, comente abaixo ou no email: fiodarabiola@gmail.com

terça-feira, 22 de março de 2011

Quem é você? #4

“[...]desse trauma de ser Cristo Vira o disco, chega deixa disso,chega.”

Esse título é trecho de uma música da Zélia Duncan chamada “Deixa Disso”. Incrivel música e linda letra. Interessante perceber que a frase citada é quase um ideal de algumas pessoas. O que me deixa incrivelmente preocupado. Se notarmos, algumas dessas ilusões são amplamente propagadas e acabam por convencer as pessoas fortemente. Forçando-as a viverem uma vida dura e díficil em busca da perfeição de Cristo. Será que é dessa forma, ou essa intenção do Messias?





QUEM É VOCÊ? #4



S. Mateus Capítulo 16
24     Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;
25     Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.




Esse é o versículo utilizado com o argumento “você precisa carregar sua cruz!”. O que é essa cruz? Muitos interpretam como seus pecados, vícios, destino, chamado, algo que lhe incomoda, uma pessoa que você tem que aturar etc. Acho interessante que as pessoas esquecem o que é a cruz. Uma punição, pena de morte, uma sentença de execução. Ou seja, antigamente quando a pessoa carregava a cruz, a carregava para o local onde seria CRUCIFICADO. Obviamente ela estava carregando sua própria sentença de morte. Para a morte.




Se precisamos carregar nossa cruz e ela é toda sorte de mazelas que acreditamos ser, claro que estamos falando que morreremos nelas. Que coisa horrenda! Imagina você ter algo tão odioso em sua vida, repugnante ou enfadonho, e você precisar carregar isso enquanto estiver aqui e sua morte será dada em conta disso. Isso é desesperador. E o Cristo nos mandou carregar a cruz para isso? Cadê aquele discurso de paz e salvação?




Pare um momento. Aprenda a não ler versículos isolados. O contexto se segue com o seguinte resumo: Jesus multiplica os pães para uma multidão de pessoas, depois desse milagre vem um grupo de incrédulos pedindo um sinal de que ele era o Messias, mas Jesus acabou de fazer um sinal gigantesco, isso então termina em um diálogo tenso. Depois Cristo indo com os discípulos lhes avisa para ter cuidado com o “fermento” dos fariseus, lógico fazendo menção ao discurso incrédulo que incita a discórdia. Eles não entenderam e começaram a falar “abobrinhas”. Jesus para e explica. E percebe então que provavelmente aqueles homens também não deveriam acreditar assim nele. Surge a pergunta “Quem vocês acham que eu sou?”. Pedro tomando a frente responde que ele era o Messias, filho de Deus. O Mestre sente-se então na liberdade de contar como seria sua morte, o mesmo Pedro toma a palavra de novo e o repreende, Jesus toma a palavra corrigindo Pedro e passa a falar o versículo que citamos acima, depois disso pede para que eles o sigam e toma rumo na viagem.




O que os discípulos não entenderam aquele dia, mesmo achando que sabiam o que Jesus estava tentando explicar, era a coisa mais lógica do mundo. “Carregar a cruz não significa morrer na cruz”.




S. Marcos 15
21 – E constrangeram um certo Simão, cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.




No dia em que Jesus foi crucificado um exemplo disso aconteceu. Fizeram outra pessoa carregar a cruz de Jesus logo após ele. Ou seja, a cruz era punição da pessoa por algo. Se Jesus não havia feito nada de errado por que carregar a cruz. Então a exemplificação do que tentará ensinar aos discípulos a tempos atrás ali se estabelecia. Os homens deveriam sim carregar cada um sua própria cruz até o lugar de execução. Porém, ao chegar ali a cruz seria dada a Cristo e ele morreria nela. Só um pode morrer por nossas mazelas, que julgamos ser nossa cruz. E assim sendo nos libertar e nos dar paz na jornada. Esse trauma de ser Cristo, de querer ficar se remoendo por essas mazelas, autopenitentes, achar que vai pagar por elas aqui ou em outra vida, ficar pensando nisso, na memória e de querer salvar o mundo ou por seus atos salvar a si próprio. CHEGA DISSO.




Há somente um salvador, que já veio e já morreu na cruz. Entrega o que você chama de cruz para Cristo. “E quando ele nos fala para sermos como ele?”. Essa é a pergunta mais fácil de se responder, um dia ele disse “Amai-vos uns aos outros COMO EU vos amei.” Quer seguir a Cristo copie seu cárater e seu amor. Esse é o caminho para ele. Entregue suas mazelas para ele cuidar. E descubra a liberdade e a paz de viver sem elas e viver com o autor desse livramento. Seja livre, de verdade. Você consegue? Ele consegue te fazer assim. Tente!

Gostou dá um like, comente abaixo ou no email: fiodarabiola@gmail.com

terça-feira, 15 de março de 2011

Quem é você #3 - O Deus Difamado

Somos sempre acusados de sermos parecidos com algo ou alguém, não importa as pessoas sempre nos julgam sermos iguais as outras pessoas com quem andamos, conversamos etc. Daí surge os velhos comentários: “Cuidado com quem você anda” ou “Me diga com quem tu andas e eu te direi quem tu és” e por aí vai.

Sendo assim, o meu desejo de conhecer Deus nos últimos dias foi se desvanecendo quando percebi que sou um imenso pecador, e não porque eu faço coisas levados pelo diabo ou pela tentação da carne, e sim porque certas ações são boas e prazerosas sim, e pecar nem é de todo ruim. Convenhamos, sejamos sinceros.

Daí, uma vez admitindo quem sou, sobrou o desejo de ser pertecente a Deus, de falar com ele e poder tocá-lo, ser intímo. Porém, mais e mais vezes comecei a ouvir pessoas esbravejarem sentenças dizendo: “Você precisa ser Santo”, “Sem purificação e consagração Deus não fala com você”, “Deus condena pecadores ao inferno”, “Deus não suporta ver e estar perto de quem está em pecado”, e tantas outras sentenças que com certeza você já ouviu.

Pensei com meus botões: “Estou inteiramente sem esperanças”. Se Deus não se comunica com pecadores inutilmente poderei buscar conhecê-lo.

Nesse momento acredito que o próprio Deus me fez lembrar de outro texto chamado “I’m a Sinner” (postado aqui a um bom tempo atrás), e apartir daí passei a peregrinar pelas histórias de Jesus e descobri um Deus que sinto o maior orgulho de chamá-lo de “Meu Deus”.



#O Deus Difamado

Aqueles ditados sobre quem andamos e que não devemos andar com pessoas “piores” são dizeres antigos, e pessoas sempre rotularam outras e os que caminhavam com elas também rotulados foram.



Marcos 2.15
E aconteceu que, estando sentado à mesa em casa deste, também estavam sentados à mesa com Jesus e seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque eram muitos, e o tinham seguido.
Lucas 18.9-14
E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:
Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano.
O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
Mateus 9.10-13
E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores, e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos.
E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?
Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes.
Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.
Mateus 11.19
Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores. Mas a sabedoria é justificada por seus filhos.



E sabe é engraçado que em uma sociedade tão preconceituosa como era a daquela época, onde os grandes homens da religião não tocavam nas pessoas ou se tocados por pessoas doentes e pecadoras eram “impuros” até certa hora do dia, precisam se banhar e se purificar. Por isso eles não entendiam que o Mestre, Rabino, Profeta se permitisse ser tocado por essas pessoas, e visitava e andava com elas. E quando ele fala sobre Deus o chamando de Pai, essas pessoas não conseguim visualizar um Deus tão bom e tão permissivo e amável assim. Veja essa última história:




E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa.
E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento;
E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento.
Quando isto viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora.
E respondendo, Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre.
Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinqüenta.
E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais?
E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem.
E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos.
Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés.
Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento.
Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.
E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados.
E os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados?
E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.
Lucas 7.36-50

Quando li essas coisas comecei a perceber que na verdade, Deus ama e anda com pecadores, Ele sim responde e conversa com pecadores, Ele permiti ser tocado por pecadores, e sim Ele tem misericórdia de pecadores. Poderia ainda citar da história do homem crucificado ao lado de Jesus, que virou e repreendeu o outro que difamava o Mestre, assumindo que era pecador e que merecia estar ali e depois disso virá-se para Jesus e diz: “Lembra-te de mim quando entrares em teu reino”. Ou seja um pecador, semelhente a história dos homens no templo que citei acima, admite que é pecador e pede misericórdia.

O único Deus que realmente ama pecadores e lhes dá misericórdia é Jesus, já ouvi falar de Deus que destroem os pecadores, os obrigam a reencarna até livrar o seu carma, a ficarem em um lugar entre o céu e o inferno depois da morte para se livrarem das dívidas e punições, e o único que consegue olhar para dentro de nós e não ter medo de contaminar-se e andar conosco, sendo quem somos, é Jesus.

Em uma das versões dos textos acima a citação diz que Jesus veio chamar pecadores ao arrependimento. Não um arrependimento de remorço e de auto-punição, Ele nos convence do que fazemos errôneamente com o dia a dia e vai nos ensinando como viver uma vida mais agradável. E serei radical, o único que pode opinar em minha vida para me falar o que devo mudar e o que faço de errado é aquele que ao olhar dentro de mim não tem medo e sai a fugir ao ver a maldade instalada lá. E por me amar ao ponto máximo eu permito ser aconselhado por ele. Ao meu Deus, com orgulho, um “eu te amo”!

Gostou dá um like, comente abaixo ou no email: fiodarabiola@gmail.com

quinta-feira, 3 de março de 2011

Teoria e Prática Cristã no Século XXI

Publiquei esse artigo no blog a algum tempo atrás, por decidir reescrevê-lo retirei na época. Porém, agora o reponho no lugar fazendo dele uma introdução para um estudo que seguirei após as séries já iniciadas.

Acredito que seja a hora de reiniciar as discussões, por isso, me adianto expondo-o para ser lido agora. Espero que vocês gostem desse start.

Teoria e Prática No Século XXI                                                                                            


Sábado estaremos compartilhando uma discussão e uma mensagem em Brasília, na M Norte. Quem quiser ouvir e participar do evento pode mandar uma mensagem no facebook do Fio que estarei encaminhando as informações.


Boa tarde a todos.

Gostou dá um like, comente abaixo ou no email: fiodarabiola@gmail.com

terça-feira, 1 de março de 2011

Série Quem é Você? #2

Quando comecei minha peregrinação em busca de quem é Jesus, confesso que uma coisa me facinou desde o ínicio. O legado que ele deixou, a verdadeira e única ordem que ele nos destinou. É interessante observar a vida dele, foi um homem que caminhou tanto e falou com tantas pessoas. Vemos sua compaixão e ao mesmo tempo sua ira. Um homem que em todas as facetas, corrigindo alguém ou ensinando, conversando ou palestrando. Enfim, uma característica sobressai em todas as histórias que temos sobre ele.

Engraçado é ver que os dias de hoje são tão maus quanto os dias do Império Romano, uma maldade diferente em alguns aspectos mais a desigualdade e cobiça no coração dos homens tem sido algo atemporal. O mundo todo sofre de déficit de amor, não importa por mais que você faça algo para alguém em relação a um outro alguém você não dedicará compaixão.  Sempre falhamos nisso, nunca amamos a todos que de algum forma passam por nossas vidas. Alguns detestam pessoas em um nível básico outras chegam ao ódio, porém não beneficiamos a todos por igual. Isso é fato.

Se observarmos as histórias desse homem chamado Jesus veremos que sempre ele conseguiu (fato inédito nesse planeta) amar a todos que se envolveram em sua trajétoria aqui. Poderia citar vários exemplos como: A paciência com Natanael, o amor a uma não judia, o paciência e compaixão que teve aos hipócritas que o crucificaram, as díscipulos inféis e traidores, as crianças, as mulheres, aos doentes, aos duvidosos, enfim… passaríamos horas aqui por que haveríamos de citar todas as passagens bíblicas.

Quando penso nisso, me orgulho de que tenha alguém assim na história do mundo, e passo então a desejá-lo e ansiosamente querer segui-lo. Inspirar minha vida na dele. Quando faço isso e passo a ler os escritos sobre sua história encontro um texto que muito me pertuba.

    “O meu mandamento é este: Amem-se uns aos outros como eu os amei.”

    (Evangelho Segundo S. João capítulo 15 verso 12, NVI)

Penso: Estou terrívelmente encrencado! Amar a todos como Ele me amou, sendo que Ele amou todos e inclusive aqueles que ele teria direito de odiar! Me sinto completamente réfem de algo que não consigo fazer. Se me falta amor, a seja lá quem for, seria um infrator de uma ÚNICA lei. Isso não é só crime como atestado de inutilidade. Tudo bem em um Brasil de inúmeras leis e códigos, vez ou outra nós esbarramos em alguma infração. Seria totalmente aceitável, afinal ninguém conseguiria ser 100% em mundo de milhares de normas. Agora em um mundo de apenas uma lei, ainda assim eu me torno infrator dela. Isso é imensamente grave.

Poderia dedicar as próximas palavras a falar sobre o que significa amor, todavia acho desnecessário isso por você mesmo ser bem ciente do que significar amar outra pessoa. Talvez nunca tenha amado ou sido amado, não falo no sentido de relacionamentos conjugais, mas amor em uma forma completa e sublime, você pode pelo menos ter ouvido falar do que seja o amor se não tiver o experimentado.

Jesus nos amou, e nos deixa o legado de aprendermos com ele e sermos também amorosos, com todos. Não quis aqui encher de referências bíblicas, por que quero te convidar a pensar em pessoas que você detesta e ao mesmo tempo em pessoas que você adora e tentar dedicar o mesmo amor a ambos os grupos, e te convido a peregrinar pelas páginas da história de Jesus afim de tirar a verdadeira prova real se ele fez isso, por que se ele tiver feito, nossa responsabilidade é seguir seu legado e mudarmos de atitude com os outros seres humanos.

Até breve.

Gostou dá um like, comente abaixo ou no email: fiodarabiola@gmail.com

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Série Quem é você #1

Terça dia de série. Episódio 01, "Só começando...".


#1 - QUEM É VOCÊ?




Acredite um homem dividiu o mundo. Indiscutívelmente todos precisam admitir isso, mesmo que você siga o calendário muçulmano ou chinês ainda assim, você saberá que todos os outros seguem um calendário baseado no nascimento de um homem, onde tudo passa a ser contado como antes do nascimento dele e depois do nascimento dele. Bom, no mínimo fico completamente curioso para conhecê-lo.

E se me disserem coisas do tipo: Ele é o Filho de Deus, morreu em uma cruz para salvar  a humanidade, que seus ensinamentos perduraram milhares de anos, que pessoas morreram por acreditarem nele, pessoas sofreram por falar no nome dele, que ele nunca inspirou violência mais inspirou uma ação de amor e sem guerras. Minha curiosidade no mínimo se duplicará.

Se comentarem comigo que ele ainda está vivo e que temos acesso para falar com ele. Minha curiosidade simplesmente se explodirá de dentro de mim. Com certeza gostaria de conhecer esse homem.

Se por acaso, me dissessem que esse homem é Jesus Cristo. Poxa, entraria em crise e diria… “Ah! Jesus, esse eu já conheço”.

E se alguém me dissesse que conhecer de verdade é ter profunda intimidade e conhecimento da pessoa, do seu caráter e dos seus ensinamentos. Certamente titubearia na minha afirmação. Se alguém me perguntasse logo após se eu conhecia esse homem. Certamente minha resposta mudaria para “Ah! Jesus, eu já ouvi falar”.

Bom, se você assim como eu gostaria de conhecer o Jesus de quem só ouvimos falar. “Achegue-se” e seja bem vindo. Passsaremos a perigrinar rumo ao homem que nos atiçou a curiosidade…

#1

O que Ele significou…

De todos seus díscipulos somente dois deles tiveram possibilidades de fazerem escritos sobre a vida do Mestre e há controvérsias sobre outros mais que vão sendo achados com o tempo. Outro dia conversamos sobre os achados recentemente. Sendo que dos evangelhos segundo Mateus e João, muito provavelmente o de Mateus tenha sido ditado ou iniciado por ele e terminado por seus díscipulos. O evangelho segundo Lucas e Marcos, que não eram do grupo inicial dos Doze, também contam detalhes surpreendentes sobre esse homem. Hoje, leremos o ínicio da descrição feita por João que ilustra todo o significado desse homem.

Evangelho Segundo S. João Capítulo 01 (nesse post usarei a versão bíblica NVI)

    “No príncipio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no príncipio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens. A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram.”

João, judeu devoto e seguidor de João Batista, conhecedor das doutrinas mosaicas e certamente das profecias messiânicas se transformou no João, apaixonado seguidor de Jesus, e promulgador da Graça do Mestre. Sendo assim, depois de receber o Espírito Santo, João compreendeu o significado daquela bagagem judaica na face de Cristo. E pode perceber que Jesus, era Deus e era o verdadeiro autor da Vida e da Luz.

Em Jesus recebemos a vida e a luz dos homens. E o que haveria de ser isso? Todo homem por si só compreende dentro dele o bem e o mal, sendo assim por impulsos naturais ele tende a querer superar seu próximo e garantir sua própria sobrevivência, nessa individualidade brota os desejos egoístas assim de um sentimento natural surge as ações más do homem. A partir do momento em que suas ações se tornam más elas se tornam opostas as ações de Deus, e sendo Deus Luz categorizamos a ausência do amor de Deus como trevas (ausência da luz). Temos então a ilustração de que o homem sem Deus habita nas trevas, ou seja, em um lugar onde não há luz, não há presença de Deus. O homem então por estar em um ambiente enegrecido por suas ações e seu egoísmo é impedido de buscar a reconciliação da luz, ele então passa a buscar em outras formas e/ou pessoas formas de se ligar a luz. Como o texto se segue…

    “Surgiu um homem enviado por Deus, chamado João. Ele veio como testemunha, para testificar acerca da luz a fim de que por meio dele todos os homens cressem. Ele próprio não era a luz, mas veio como testemunha da luz. Estava chegando ao mundo a verdadeira luz, que ilumina todos os homens. Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam.”

O homem vive a buscar substitutos para Deus, e muitos homens são selecionados para isso ou para apontarem o verdadeiro caminho. Todavia, um homem somente é um mensageiro de Deus se ele indicar o caminho que leva a Jesus, isso foi o que aconteceu com João Batista, era popular entre os judeus por conta da sua mensagem e por seus batismos. João era um homem que foi escolhido por Deus para preparar o coração e a mente das pessoas para a mensagem que Jesus traria algum tempo depois, assim Jesus poderia ter sido reconhecido em sua época, todavia a ganância e a malignidade das pessoas se apoderaram tanto dos seus interiores que eles não conseguiam reconhecer quem esperavam.

    “Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.”

Apesar de muitos terem seus corações contaminados alguns realmente tinham o desejo que eu e você tem de conhecê-lo verdadeiramente. A essas pessoas Jesus não se atrasa e por elas crerem nele, que ele está vivo e que é quem ele disse que era. Jesus filho de Deus, o único, fez por sua própria vontade com que nós também fossemos aceitos na família celestial.

    “Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e verdade. João dá testemunho dele. Ele exclama: ‘Esse é aquele de quem eu falei: aquele que vem depois de mim é superior a mim, porque já existia antes de mim’. Todos recebemos da sua plenitude, graça sobre graça. Pois a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto ao Pai, o tornou conhecido”.

João, o apóstolo, compreendeu as palavras que ouvia de seu então discipulador, Batista, e começou a ter a mesma curiosidade que nós, ao ouvir que a graça, tão saudosa e amávelmente desejada graça, e a verdade como resposta para todos os seus questionamentos estavam em Jesus. O que Jesus significava? João começou a desejar conhecê-lo. O capítulo não termina por aqui. Todavia vamos dar uma pausa e continuaremos em breve. Até lá… reflita sobre que ouviu. Pergunte. Interaja. Sinta se livre. Boa semana…

***



p.s: Relendo este texto da vontade de aprofundá-lo, tantas coisas novas me vêm a mente para dizer. Façamos isso exponencialmente.


p.s²: Para encontrar as séries já postadas no blog é só ir na tag "série" na coluna do lado.



Gostou dá um like, comente abaixo ou no email: fiodarabiola@gmail.com

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Meu teto branco


Olha para cima, o que vê? Não há montanhas, nem socorro nenhum. Só o teto, gélido e branco. Pintura mal feita dessa casa alugada. Meu único pensamento é “Deus não existe”. Isso é coisa de tolo dizer no coração! Claro, por isso que sou um tolo há tanto tempo. Todavia não tenho medo dessa afirmação. Ou dessa dúvida. Não tenho medo das dúvidas. Tenho medo de uma porção de outras coisas, mas dá dúvida?! Claro que não. Adoro ela. Afinal ela me fez descobrir a verdade e conhecer quem pudesse me guiar pela verdade.

“A verdade vos libertará” essa foi a frase mais digna do mundo. Agora quem a disse existiu? Talvez, mas foi tudo o que dizem que foi? O teto ainda é branco e gélido. O silêncio só é quebrado pela canção do Nando Reis e o barulho dos meus dedos no teclado. Ore, diz um lado de mim. O outro diz, chore. Por que orar se não acredito que serei ouvido? E chorar? A sim! Isso eu preciso. Agora porque mesmo? Essa inundação de pensamentos estourando na minha cabeça seriam resolvidos falando em alta voz palavras para uma parede?

Deus existe? Se sim, ele podia vir aqui dizer um “oi”. Um “eu te amo ainda”. Ou, “desista você não tem esperança”. Resolveria tanto coisa. Se Deus é invisível e sempre continuará assim porque precisamos vê-lo? Se temos que interpretar sua direção, sua vontade, porque devemos lhe perguntar coisas? Será que um livro compilado com o passar do tempo e cheio de histórias é a vontade dele?
É mais difícil acreditar nisso do que na existência de Deus. Olhe a história. Veja o que aconteceu. Deus existirá cada vez menos. Investique o pensamento humano e como ele constrói as fábulas, a filosofia, a sociedade. Deus praticamente se desaparecerá. Olhe o universo e acredite que as coisas simplesmente são e a criação se tornará sem sentido. Acredite nos telescópios que dizem sobre as galáxias quase que infinitas e Deus se tornará muito mesquinho de ter ficado com a Terra só como seu aquário pessoal.

Deus morre a cada dia, diminui a cada dia, inexistente a cada dia. Porque esse Deus, na verdade, não existe! Nós o inventamos e quando descobrimos como foi essa invenção, começamos a nos repudiar de ter feito tal trabalho. E ainda por cima usado essa fábula mística para matar, controlar e até dar paz para tantas pessoas.

“A verdade vos libertará”. A grande verdade é que devemos assassinar esse Deus antes que ele tome o mundo todo e a criação da mente humana seja por fim a dominadora da mesma. Só pode saber quem é o Criador quem um dia esteve lá com ele. Entender que não é um Deus apenas e, sim o Criador. Acima da imaginação, a fonte da vida, não simplesmente da nossa. A energia que criou o cosmo e o faz multiplicar de tamanho. Que criou as menores bactérias e as maiores supernovas. Esse DEUS deve existir mesmo. E como só ouvi dizer de um que disse que o conhecia, e como quero descobrir se ELE existe e se importa conosco mesmo. Eu resolvo seguir essas pistas. Se quiser seguir outra, ou nenhuma. Tudo bem. Te entendo. Mas, pelo menos hoje, não vou ficar olhando o teto gélido da insuportável cor branca. Não me interessa, hoje, as meias verdades. Só as pistas. E as melhores pistas para se descobrir se existe DEUS eu encontrei com um judeu chamado Jesus. Até descobrir que as pistas dele são falsas prossigo a buscar o que nunca encontrei, mas continuarei procurando. Quando eu me convencer de que não nasci para isso, venho aqui e leilôo o sofá. Até lá conversarei sobre a dúvida e a esperança da existência de DEUS. Boa noite.


Gostou dá um like, comente abaixo ou no email: fiodarabiola@gmail.com

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Bad or good heart?

Jesus um dia contou uma história sobre dois filhos que tinham direito a uma herança muito grande. O primeiro pediu sua parte dele antes do tempo. Porque ele fez isso? Sei lá. Julgamos tanto o "pródigo" dizendo que ele foi ganancioso, insolente, amoral etc. Sabemos que ele pediu o dinheiro e viajou, gastou tudo dissolutamente e quando veio uma fome sobre a cidade ele passou necessidade. Ficou sem emprego e teve que trabalhar dos serviços mais desprezíveis da época. Não sei porque ele quis o dinheiro mas dizer que foi por isso ou aquilo é mera suposição infundada. Talvez para pessoas que querem fazer do pródigo o filho mal podemos supor até que ele era um aventureiro e sempre quis rodar o mundo atrás de grandes experiências, porém se deu mal. O fato é que o coração dele não era mal. Ele lembrou do pai e do seu amor, da generosidade e pensou até: "quem trabalha dentro de casa tem vida boa, devo voltar".

Ele se arrependeu. Do que? Sei lá. Pode ser de ter vivido orgias, por ter gastado o dinheiro ou ambas as coisas. Voltou. O pai lhe viu de longe e correu até ele, o abraçou e deu uma festa por sua volta.

O segundo filho não quis sua herança antes. Isso não o faz melhor. Ele podia não gostar de aventuras, não querer desfrutar as curiosidades das cidades pagãs vizinhas, preferia a tradição e a vida pacata da grande casa. Porém, ele era um homem de caráter, caçador provavelmente. Quando volta e ouve a música se recusa a entrar, não que ele não gostasse do irmão ou não o quisesse de volta. Uma coisa o pertubava. O bezerro cevado. Tradicionalmente este era o bezerro melhor, criado para fins especiais. A questão era: "porque quem havia estado lá até aquele momento não tinha o merecido primeiro". Seu coração era mal.

O pai foi encontrá-lo. E a resposta foi "o que é meu é seu" e "era justo", ou seja, "filho eu te amo e tudo que eu possuir você pode desfrutar, agora seu irmão nada tem (havia gastado tudo) devemos nos alegrar por tê-lo ao menos vivo". Fim. A história acaba com esse final. Provavelmente se fosse continuar, veríamos os irmãos se encontrando lá dentro e bebendo a vontade. O pai olharia os dois e teria sua noite feliz.

Uma interpretação. Coração bom, facilmente se volta para o pai. Coração mal, o pai precisa ir ao seu encontro. Corações bons, se atentam em querer misericórdia. Corações mals, só se confortam com justiça. O pai entende o coração de cada filho, bom ou mal, ele sempre estará disposto a responder o que especificamente aquele sujeito precisa para continuar.

Gostou dá um like, comente abaixo ou no email: fiodarabiola@gmail.com

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

críticos, depois céticos e, por último, cínicos.

Post retirado do Site do Pr. Olgálvaro, vale muito a pena ler...muito mesmo.
(Para ler na Fonte Original)

_________




Recentemente assisti na Globo News o Programa Entre Aspas e fiquei muito surpreso com o tema abordado.
O programa tratou sobre uma pesquisa de credibilidade das instituições brasileiras.
Esta é a manchete do site do programa:

Igrejas dão salto no ranking brasileiro de confiança

As Forças Armadas são a instituição mais confiável no país.Em um levantamento trimestral feito pela FGV-SP, que faz um ranking das instituições mais confiáveis do país, as igrejas passaram de 7º para 2º lugar.
As Forças Armadas lideram a lista. Ainda segundo a pesquisa, os partidos políticos, o Congresso Nacional, a polícia e o Judiciário estão entre as instituições menos confiáveis do Brasil.
Como explicar o avanço dos religiosos? E o que fazer para melhorar a imagem das instituições políticas e sociais desacreditadas pelos brasileiros? Para falar sobre o assunto, Mônica Waldvogel recebe a professora de Direito da FGV-SP Luciana Gross Cunha e o historiador da Unicamp Leandro Karnal.
http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1631007-17665-309,00.html#

O programa mostrou uma realidade que a maioria de nós não creríamos se ouvida de alguns de nós, líderes de igrejas.

Vivemos em dias de profunda carência de caráter no meio "cristão evangélico" e, por causa desta percepção, corremos o risco de não enxergarmos o que Deus está fazendo.

Estou convicto que temos nos deixado influenciar pela Mídia Evangélica que tem evidenciado os abusos do poder, os vários papas que se auto postulam hoje, os equívocos eclesiológicos e a exploração financeira por parte de líderes solitários e corruptos.

E, na maioria das vezes, baseamo-nos no que vemos na TV: um grupo de igrejas e líderes que definitivamente não representa os milhares de pastores e igrejas espalhados por nossa nação. Gente que ama  Jesus Cristo e que está dando sua vida para fazer Cristo conhecido em nossa nação.
Estou convicto que temos muito mais pastores de caráter do que os canalhas que, muitas vezes, fazem-se mais conhecidos que este exército de homens e mulheres fiéis que não conhecemos.

Se deixarmos que este veneno entre em nossas vidas, deixaremos de ser profetas para nos tornarmos críticos, depois céticos e, por último, cínicos.

É  tempo de falar das coisas boas, de exortar usando o ponto positivo, mostrar a promessa, a bondade de Deus e o privilégio e o caminho mais excelente que é servir a Cristo. Muito mais que apenas mostrar o pecado ou as faltas e falhas, é tempo de falar do que Cristo é e do que já somos Nele ao invés de falar do que ainda não parece ser.

Então, está na hora de crer que Jesus é o Senhor da Igreja, que Ele vai limpar toda sujeira, que o juízo pertence a Ele. Dele ninguém zomba.

E o que cabe a nós?

Clamarmos por misericórdia, pois todos estamos sujeitos a erros e falhas. Já vimos na história bíblica e da igreja homens e mulheres melhores que nós sucumbirem a corrupção, a imoralidade e a vaidade.

Por isto, precisamos de amigos, de companheiros de jornada, para lembrar-nos de quem de fato somos e da nossa total necessidade do Espírito Santo e uns dos outros.

A sociedade está olhando para a igreja em busca de respostas, de uma possibilidade de encontrar o que as organizações dos homens não foram capazes de demonstrar: vida genuína e verdadeira. Estão olhando para a igreja, para o  Divino, como um caminho de salvação para a família, o trabalho e a nação.

Portanto, que sejamos de fato Sal da terra e Luz do mundo, revelando em nossas ações Cristo e somente Cristo.

Pois, Cristo em nós, a esperança da Glória.

Olgálvaro Bastos

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Aqui jaz a igreja moderna... #1



"[...] está próxima a hora em que vocês não adorarão ao Pai nem neste monte, nem em Jerusalém."

Essa é uma das frases ditas por Jesus a uma mulher de uma cidade chamada Sicar. Em uma tentativa, bem sucedida, de libertá-la da religião. Indo para a Galiléia (região de Israel) o grupo de discípulos saiu para comprar alimento enquanto o Mestre se sentava para descançar em um poço de água. Nesse intervalo em que Jesus ficou só, saiu uma mulher da cidade para buscar água. No diálogo que sucedeu entre os dois quando se encontraram, uma coisa é interessante destacar: ele falava do Pai, do Reino e do que poderia fazer a ela; essa já falava da diferença de credo entre os dois.

A religião divide as pessoas. Entendendo religião como prática espiritual qualquer que é feita na época de hoje, sim ela separa indivíduos. Não preciso escrever sobre isso, afinal já é conscenção popular "religião, mulher e futebol não se discute". E por que não? Porque sempre dá briga!

Jesus falou para a mulher que nem os judeus nem eles tinham o real lugar de adoração, ou seja, aquele lugar que deveria ser o único para se conectar com Deus. Jesus disse logo em seguida que o Pai procura a verdadeira adoração em pessoas de coração e intenção verdadeira.

E isto foi feito. Jesus, como cremos, foi para a cruz e morreu reunindo os filhos de Deus novamente em um único caminho para o Criador. Com o passar do tempo os chamados cristãos, nome dado a um grupo de seguidores que estavam em Antioguia, começaram a se multiplicar pelas regiões ao redor de Israel.

Porém, naquele início se vivia um período de grande maldade, o império romano era impiedoso e quem escolhia um caminho que não o do imperador estava realmente encrencado.

Esses seguidores de Jesus precisam estar juntos e preparados, assim nasceu as primeiras igrejas, reuniões em lugares escondidos a fim de juntos manterem e exercerem o convívio da fé cristã. Porque a fé e adoração podiam ser vividas em qualquer lugar. Mas eles se entendiam como corpo, precisam ficar juntos para crescer e se manterem vivos.

Ao contrário do que se pensa o consenso popular essa primeira geração de cristãos não viveram os "melhores tempos". E não digo pelas perseguições que o Império Romano lhe sobreveio, mas sim pela diversidade de interpretação e aplicação da própria religião entre eles. Helenistas ou puristas. Gregos ou judeus. Na verdade o que Roma fazia era uma grande sopa ecumênica pelos territórios alcançados. Como os cristãos se viam contra isso por acreditarem em um Deus Único, se viraram contra toda e qualquer expressão daquela sociedade, taxando tudo como uma grande mística. Até o século III, entre as perseguições do Império, a grande agonia se dava pelo fato da sociedade taxar esses religiosos de abomináveis e incultos. A apologética surgiu e grandes intelectuais surgiram na Igreja.

O que viria depois? Bom a história é interessante e muito se aprofunda, se contradiz, se torna herege e se purifica...

Vale escrever partes, assim posso estudar a fundo o pensamento que desejo transmitir e ainda me colocar a mercê das letras para até estar errado e podermos conversamos sobre a verdade.

Todavia, na história que assim se segue... Me fica um pensamento para ver se condiz com o restante.

Se a Igreja é o Corpo de Cristo, guiada pelo Espírito na Terra. Ela permanece. E assim tem acontecido. Agora porque a história não foi a mesma? Porque precisou de tantas heresias, guerras, mortes, reconciliações, reformas e voltas à essência? Ela não deveria ser sem mácula (manchas, falhas) como a Bíblia prediz? Será que o povo escolhido, assim como os hebreus, tantas vezes tomaram as rédeas se meteram em encrencas precisando da misericórdia de Deus? Se isso é verdade, os movimentos eclesiásticos, tão diversos, não seriam sempre fadados ao declínio? Somente um mover do Espírito Santo permaneceria. Se os demais vem e vão e mudam com o tempo, não são eles tão humanos quanto as Cruzadas? Por fim, dependendo das respostas não podemos prever o declínio do modelo atual também?

Que o Espírito nos guie por toda a verdade... Pausa por hoje, examinaremos o restante durante a semana. Uma boa noite.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Papo de Bêbado

Esse final de semana foi ótimo, apesar da semana passada ter sido horrível. Interessante como a vida nos leva de um lado para o outro só para nos lembrar que devemos permanecer no mesmo lugar.

Hoje não quero desabafar a semana passada, até porque qualquer idiota que lesse pensaria que seria uma indireta, apesar deles serem minoria, para a maioria que aqui passa de vez em quando chega de tantas mazelas e compartilhar o lado não bom da vida.

Por isso, quero te dizer o que nos resta...

Nos resta não retribuir a maldade que nos fizeram
Nos resta amar aqueles que nos traíram
Nos resta perdoar cada filho da puta que nos entristeceu
Nos resta olhar para a frente e poder caminhar não com paz no coração, porque isso é a maior utopia idiota da religião, mas com a certeza de que a fé (em qualquer coisa) supera os sentimentos ruins.
Nos resta falar de paz para aqueles que foram dominados pelo ódio, e
Nos resta apanhar deles enquanto eles precisarem se esvaziarem
Nos resta conversarmos nas ruas como bêbados e amar a todos
Nos resta não sermos Jesus, porque ele já existiu e não precisa de um outro
Nos resta amá-lo de verdade ao ponto de parar a guerra e expressar esse amor
Nos resta engolirmos em seco cada vontade de xingar e desprezar alguém, não por a pessoa não merecer, mas por não querer mais dar tudo a todos que o merecerem
Nos resta amar, como achamos que isso deve ser feito, de um jeito puro

E para ser puro, deve ser sem interesse. E para perder o interesse você deve se frustrar, porque se você se frustrar totalmente e o amor ainda permanecer, aí sim, será puro.

"Um único mandamento vos dou: que ameis uns aos outros como eu vos amei." Jesus Cristo

Não é um caminho fácil. Não é o caminho protestante/crente. Não é o caminho religioso. É o caminho do Espírito Santo. De Jesus. Amar.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

"Porque se sujar faz bem!"


Sente-se. Agora no sofá lembrei desse slogan de uma marca de sabão em pó. E resolvi colocá-lo como título de um texto que quero basear na seguinte verdade:

O pior cego não é aquele que não quer ver. E sim, aquele que fura seus próprios olhos para não ver.

Nosso planeta é tão vasto, com pessoas espalhadas em todas as direções. Mas uma grande verdade nos sobrevoa como um fantasma invisível, fomos derrotados. Não há vitória nesse planeta, já o perdemos. E não estou dizendo de uma forma ecológica. Não estou falando de sustentabilidade ou de ecossistema. Falo das pessoas, pois perdemos as pessoas.

Nunca vivi uma época de grande humanidade, mas fantasiei que sim. Isso todos fazemos conforme vamos envelhecendo. "Na minha época não era assim!", repetimos isso para várias pessoas como se na nossa época não houvesse assassinatos horrendos, drogas, inveja, fofoca e maldade. Os humanos se corromperam e se entregaram ao ódio, matamos uns aos outros, seja com palavras ou com facas e armas. Mas, com o tempo essa realidade entra em contraste com nossa Utopia City e não queremos imaginar que as pessoas são assim. Fingimos que elas estão só "possessas" por algum espírito do "lado negro da força" e que tudo se resolve com uma oração ou uma estadia ecumênica de isolamento entre as montanhas.

Os humanos não precisam de um "lenga lenga" espiritual, eles precisam de uma reforma no seu caráter. Nossas crianças usam drogas, nossos jovens se prostituem. Mas, a maldade não se resume nisso, ela vai muito além. A falsidade de um com outro, o fingimento, a necessidade de se aparecer, o orgulho, a mentira como prática, a grosseria e a estupidez. Das pequenas as grandes coisas, ser humano se tornou sinônimo de erro e pecado. "Ora, eu sou humano, sou carne, sou gente!". Como se, por ser assim não deveria justamente significar que você deve amar, se dominar e ter caráter.


Pessoas sem caráter estão buscando a tal transformação espiritual, por isso vemos "pessoas espirituais" tratando outras como bicho, requerendo aliança e fidelidade sem entender que essas duas coisas são "vias de mão dupla", batendo nos outros (literalmente), roubando dinheiro e explorando com versículos isolados os bolsos dos pobres e da classe média (tão idiota) que sonha com a ascensão social. Sem caráter não se pode viver a espiritualidade e espiritualidade não gera cárater. Caráter é algo nato e se tiver que ser ensinado muito provavelmente o aprendiz nunca conseguirá aprender em totalidade antes da morte.

Como fazer? Optamos por furar nossos olhos e dizer, "que o mundo precisa de um salvador, encontro com o divino ou blá blá blá?!". Podemos optar ainda a dizer, "já que está tudo "lascado" vou me jogar na maré e que seja o que o diabo ou Deus quiser?!". Nenhuma das opções, acredito eu, levam a alguma coisa decente. Penso pelo seguinte caminho:

Muitos saem do lodo facilmente, agradeço a Deus por esses. Mas uma grande maioria, sem cárater e sem espiritualidade precisa de alguém para entender o recado, nem que esse alguém tenha que morrer lá dentro.

Talvez precisamos entrar no meio do lodo e mergulhar profundo e de uma forma suicida mostrar para uma meia dúzia no máximo que daqui a 2.000 anos talvez essa atitude signifique algo, com o risco ainda de no meio do caminho alguém desvirtuar toda a essência e "lascar" tudo de novo.



Que Deus chame alguns para esse ministério kamikaze. Ou talvez o nome devesse ser "ministério no modo Jesus de se fazer as coisas".

Bom, cada é um livre para pegar o garfo e furar os olhos. Apenas peço que se você realmente quiser fazer isso, se levante do sofá e vá para bem longe. Esse sofá só pode se sujar de lodo e não de sangue de "cegos por desejo próprio".


paz

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Manual para Ex-Crentes #1

Uma linda menina me perguntou essa semana: O que é ser cristão para você? Essa conversa me serviu para fazer uma boa revisão na minha memória sobre o significado disso para mim.


Então, para começar um pensamento (que espero que dure uma série) prefiro começar ressaltando o cerne da coisa.

"Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. [...]"

Este versículo encontrado no livro de S. Mateus capítulo 10 verso 24 é usado de uma maneira muito forte. Se o lermos isoladamente ignorando todo um universo a sua volta entenderemos primeiramente que todos aqueles que quiserem ser discípulos de Cristo deverão ser como ele, seguir seus passos, suas atitudes, ser sua fotocópia ambulante.

Bom, essa informação a priori não se encontra errada, todavia o primeiro fator aqui não é se tornar um "louco por Jesus" e sair por aí "imaginando o que Jesus faria nos meus passos". O contexto é a chave. Lembre-se sempre disso como regra.

No início do capítulo, Jesus convoca 12 discípulos que estavam andando com ele desde o começo do seu ministério, como havia muitas aldeias para se visitar o Messias decide designar esses homens para o precederem nessas cidadelas. Dirige-lhes ordens bem específicas, avisos e palavras motivadoras.

Entre elas está esse versículo. No contexto Jesus esta falando sobre o fato de já ter sido tantas vezes ultrajado e maltratado, e diz que isso também aconteceria aos homens. Então não deveria eles esperar coisas mais brandas.

A versão católica (segundo o site www.bibliaonline.com.br) traz o mesmo texto nos seguintes termos:

"Basta ao discípulo ser tratado como seu mestre, e ao servidor como seu patrão. Se chamaram de Beelzebul ao pai de família, quanto mais o farão às pessoas de sua casa!"

As versões católicas pelo número menor de adaptações contemporâneas em relação às versões protestantes tendem a serem mais fiéis ao escrito original. Porém, a mesma intenção é preservada nas duas versões.

"Ser como" e "ser tratado como" não trazem em nenhum momento o significado de "ser o" ou "ser do nível do", como posso afirmar isso? O contexto! O verso anterior diz "O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor".

Primeiro ponto, os cristãos não foram chamados para ser Cristo. Como seguidores dele chegarão ao máximo ponto de parecerem com ele. Ponto. Você só pode se tornar parecido com algo que você é intimo. Afinal é influência, qualquer idiota perito em auto-ajuda saberá disso pois os mesmos costumam dizer coisas do tipo: "Escolha seu circulo íntimo bem! Bla bla bla bla bla bla".

Compreenda, você será parecido com o que lhe for próximo. A ciência denomina isso através do uso nato dos neurônios-espelhos.

Você não é perfeito. Você é um pecador. Se comporte como tal. Você não é um super-herói que salvará a humanidade. Também não é o filho mais querido de Deus. Você é um humano, por mais que deteste isso. Humano.

Segundo ponto, a obsessão de ser como (parecido, similar, semelhante) não é saudável. Nenhum processo desse iniciado por sua vontade poderá dar um resultado positivo. Você é você. Se aceite. Lembra "amar o próximo como a si mesmo"? Se ame, se reconheça. Depois conheça Cristo.

Abrindo um parêntesis, conheçer Cristo significa ler os evangelhos mais que as cartas de Paulo, significa saber dele mais que a história dos Hebreus ou dos apóstolos, conhecer ele significa entrar em uma livraria e consumir literatura sobre ele e sobre seu tempo. Conhecê-lo significa isso. Quando isso acontecer você NATURALMENTE começa a ser influenciado pelo seu caráter, se crer nele será influenciado pelo ESPÍRITO SANTO, daí sim SEM PERCEBER começa a se parecer com ele ao ponto de realmente ser você e ainda sim lembrar ele.

Como está tarde partiremos daqui para uma aprofundamento no próximo post, agora duas coisas:

1 - Dever de casa: Leia a história de Pedro negando Jesus.

2 - Conselho: Siga o caminho para ser cristão e paralelo prossiga na busca por conhecer Jesus. Se quiser discutir quem foi esse homem há uma parte do blog específica sobre Jesus aqui: www.fiodarabiola.wordpress.com.




Não durma no sofá. Obrigado por ter vindo conversar essa noite. Bom descanso.