terça-feira, 23 de abril de 2013

A Bíblia, 2 versículos e deixa pra lá.

As opiniões sobre a Bíblia são controversas, alguns vivem dizendo que: "São o que a Bíblia diz que eles são, que podem o que a Bíblia diz que eles podem", outros beijam o livro e dizem: "Crer até nos mapas", ainda há os que acreditam que seja um grande livro de metáforas com pedaços da voz de Deus nas entrelinhas, e por fim há os que a vêem como um livro histórico de um religião velha e decadente e deve ser ignorado. Bom, independente do que se crê uma atitude permeia todos eles, todos selecionam o que querem e o que aprovam suas atitudes ou seu modo de ver a vida.

Assim alguns dizem que sofrer é bom, outros que nasceram para a prosperidade, há os que falam de amor incondicional, uns sobre como vingar-se é uma possibilidade dada por Deus, surgiu pessoas que aprovaram o casamento gay usando a Bíblia e outros apoiam a não divindade de Jesus. Onde eu quero chegar? Se você tiver paciência e ser genioso você pode provar o que quiser com a Bíblia.

O que me dá medo são os seguintes versículos:

Pois virá tempo em que os homens não suportarão a sã doutrina, mas desejosos de ouvir coisas agradáveis, cercar-se-ão de mestres segundo os seus desejos,
e desviarão os ouvidos da verdade e se aplicarão às fábulas.
2 Timóteo 4:3-4

Ultimamente eu sempre penso sobre isso, "Será que não estou procurando gente que fala o que eu quero?". E acho que essa pergunta é sempre interessante para se fazer. Será que nosso caminho é mesmo o melhor e dos outros errado? Será que dizer que os outros estão errados não é a forma errada de estar certo? Se o amor é a medida de equilíbrio por que nos cercamos dos verso da Bíblia que nos empunha as armas para a batalha? Será que faremos tudo o que ela diz? Será que o que ela disse é para nós vivermos hoje também? Será que usaremos histórias narradas como profecia e tempos antigos como metáfora para promulgar nosso modo de pensar?

Deixa pra lá... vou dar um tempo de escrever. Tenho visto tanta coisa ruim e errada sob uma camisa do "nós que estamos certos". Que me cansa. Já foi difícil vencer o ódio que a vida me acorrentou. Agora, se conselhos não bastam e todos estão certos. Boa guerra! Por que eu me manterei em paz. Deixa pra lá...

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Desabafo rápido...

Ás vezes eu me canso das pessoas. Pensa bem, sempre tão alienadas, tão babacas. O mundo indo pro ralo e todos vivendo a mesma paranóia social.  Você tenta gritar: "Acordem! Esse é o caminho do precipício  Eu mal consegui sair daqui, voltem!". E elas olham para você, com aquele ar orgulhoso, soberbo e prepotente que você mesmo já teve, e dizem: "Não se preocupe, sabemos o que fazemos. Isso não será assim conosco!". E como diria o brilhante Lulu: "Assim caminha a humanidade, em passos de formiga e sem vontade".

Escrever isso me faz parecer um pouco sociopata... é, eu sei. Mas, se parar para pensar friamente somos apenas o vírus do planeta. Consumimos orgulhosos todos os recursos, nos matemos, nos traímos, somos o pior animal que deveria ter adquirido a consciência. E admitir isso não me faz ser sociopata mas sim o único entre tantos que reconhece que somos um projeto falido  Os cientistas já dizem de explorar o espaço porque aqui não teremos mais como viver, e ainda assim continuamos. Saiu uma reportagem recente dizendo que uma pesquisa no Brasil comprovou que nós sofremos de ócio coletivo, "se ninguém reclama não serei o primeiro a fazer isso", então ninguém se levanta para tirar corruptos e buscar concertar as coisas. A não ser que a mídia proponha tirar um qualquer irrelevante em prol de uma suposta causa enquanto faz toda uma manobra por traz. A manada se levanta e segue como um bando de estúpido que não consegue discernir nem a direita nem a esquerda.

Estou cansado de lidar com todos esses sentimento e ser influenciado por eles, me odeio ao olhar no espelho e ver que esse comportamento humano me têm sequestrado. Não sei se esse é o problema do Brasil e em algum país mais decente as coisas são diferentes, mas o fato de estar aqui me dá um descrédito geral. Não veja mais saída, nem a religião, nem a filosofia, nem a fé na humanidade. Será que Deus ainda nos ama? Será que ele não foi criar tudo novo lá em Plutão? Já não acredito em ouvir respostas. Sei lá... é como se a gente tivesse em um aquário gigante e por mais que alguém bata no vidro ainda somos peixes idiotas que vivem ali achando que não tem mais nada fora daqueles centímetros quadrados.

p.s: desculpem a escrita e concordância mal feita... foi só um pensamento pra tirar da cabeça.

terça-feira, 16 de abril de 2013

O mundo dos Corajosos Covardes!

Eles falam com vigor, olham para frente e ameaçam dizer isso e aquilo. O sangue ferve nas veias do corpo e os olhos alargam a face. "Sim, ele está falando sério!", pensa você com um pouco de apreensão do que aquela pessoa pode fazer. Aconselha a ter calma e recebe uma bruta resposta em troca. "Aquele Fulano é isso...", "O Beltrano vai ouvir tudo isso se me disser aquilo...", "Vou fazer isso e aquilo quando tal coisa acontecer...". Promessas e ameaças percorrem os humanos mais corajosos até...

O tempo tem essa propriedade. Revela o que as pessoas realmente são... covardes. A tal coisa acontece, Fulano diz aquilo outro e na hora do vamos ver, aquele ser que prometeu ônus e bônus muda do vinho para a água, falta pedir desculpas ou até pede e fica todo ressentido. Tenho vontade de lhe apontar o dedo na cara e dizer: "Covarde, desgraçado! Você não disse que ia fazer tudo aquilo?". Mas me pego tendo apenas dó dele, assinto com a cabeça e guardo meus pensamentos para mim, afinal é triste desmanchar alguns castelos de cartas.

Esse é o mundo de hoje: indiretas e ameaças. Fofocas e mitos. E no fim das contas, os covardes se reúnem entre si para se consolar aprovando um a atitude do outro. E se confirma o ditado... Cão que ladra não morde. Tenho medo dos que escutam, dos que olham no seu olho e dizem algo sem alterar a voz, sem revelar medo ou inquietação. Esses são perigosos... os sinceros! Porque a última vez que fui deixado para trás foi bem após a frase: "Tamo junto, amigo!". Desde então aprendi a não confiar nas palavras e procurar no olhar a verdade sobre o que é feito de verdade o espírito de alguém.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Chuva

Estou em uma cidade que chove bastante, porém, sempre em determinada época. Daqui a um tempo as chuvas param e ficamos por volta de 100 dias sem uma gota de chuva cair do céu. Portanto, por mais que a chuva seja incômoda, em algumas momentos, não há nada melhor do que aproveitá-la ao máximo. Tomar um banho de chuva, correr e brincar (independente de quantas dezenas de anos você já alcançou) e o que seria mais interessante observar as pessoas na chuva.

Lembro que em meus banhos de chuva gostava de andar pelos lugares mais encharcados e olhar ao redor o pavor das pessoas de se molharem, muitas se encolhiam como bichos acuados em paradas, outros tentavam correr para se molhar menos (triste ilusão), outros apenas praguejavam. Mas o que me divertia era ver a reação dos seus rostos quando elas me viam ali, caminhando calmamente embaixo de um temporal, cantando, rindo ou falando sozinho. Louco de uma lado e loucos de outro.

Ás vezes somos tão abitolados em nossas vidas que esquecemos que somos parte da natureza, somos tão defensores modo humano de viver que deixamos para trás o quão parte de nós é o planeta. Não é atoa que as pessoas esqueçam de se relacionarem, ou essa relação se torne fria e desinteressante, pois quanto mais nos fechamos no nosso mundinho mental, nos distanciamos do mundo real, da percepção de que a vida se constrói no agora e que mesmo não tendo dinheiro algum (ou o objeto desejado por você a anos), ainda há ar, amor, pessoas, Deus (se você acreditar que Ele existe), compartilhamento e o mais importante: tempo. Tempo para aproveitar a chuva no meio da rotina e fazer da rotina menos "rotineira", afinal, se você olhar pro lado, nenhum dia nesse planeta é igual ao de ontem, uma nova pintura a cada hora, só você que vive a mesma coisa sempre em frente a tela desse computador.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Dúvida

Entendo o sentimento de dúvida. Ele se apresenta de forma carinhosa e ingênua e dele parte a sabedoria e a curiosidade do conhecimento. E, de certa forma, isso é verdade. Porém, esse sentimento só é útil para construção quando o fim dele é o conhecimento. Quando não, ele se torna justamente o oposto, o contraponto, a âncora que puxa à destruição. Destruir o que? Você iria construir algo, buscando o conhecimento a partir da primeira dúvida, só que não encontrou. Mas a dúvida não recua um só passo e essa exposição faz com que ela se torne uma espécie de ácido, quando estagnado corroe rapidamente.

Entendo o sentimento de medo que vem da angústia dessa corrosão, ele vai destruindo as bases e ampliando a ansiedade das não-respostas. Portanto, compreendo a negação de Deus, a falta de compreensão do amor e a ressignificação de conceitos antigos, por exemplo o da família. Isso se dá pelo simples fato de que quando você não encontra as respostas dá início às perguntas. Quando ninguém as responde você começa a desconfiar de que talvez não haja.

E por fim, esse momento pede uma escolha para dois caminhos:

- Acredita, sem provas, e quase cegamente continua.

- Nega a existência de algo e parte para a busca de um oposto que substitua, simplesmente, aquilo que não foi respondido. Ou seja, aceita o fato de não encontrar o objeto que responderia a dúvida e segue adiante.

Qual o certo? E o errado? Bom, depende de você e como construiu seu modo de pensar no decorrer da vida. Complicado...