sexta-feira, 27 de agosto de 2010

#nostress

Para descansar a cabeça aconselho a sair lendo tudo que tiver valia para você naquele momento. Depois reflita, escreva, e volte a reler. No post No Stress de hoje um texto para te inspirar ou não te inspirar, enfim leia tudo e siga pela web lendo.



Patético



Ele um cara comum. Elas incrivelmente diferentes. “O que cativa um ao outro?”. Perguntava um alguém que não se admitia ver tal coisa.

Ele um cara insano. Elas incrivelmente normais. “O que faz com que elas pensem que ele lhe levará um sentido?”. Pensava um alguém que não se admitia ouvir tais conversas.

Ele um cara triste. Elas incrivelmente sorridentes. “Como se rende assunto em tamanho contraste?”. Pensava um alguém que se entediava quando os acompanhava.

Ele um cara que quase não fala. Elas falavam demais. “Como pode gerar conversa dessa forma?” Pensava um alguém que invejava tal coisa.

Ele um cara sozinho. Elas com grupos sociais diferentes. “Como pode ele conseguir interagir em todos os meios?”. Perguntava um alguém que não conseguia.

Ele vivia para encontrá-las. Elas não o encontravam. Ele virou o cara errado. Elas preferiram o cara certo. Ele resolveu viajar. Elas sentiram saudades.




Indicações de blogs e textos quaisquer para distrair o pensamento, mande indicações. Abraços.

sábado, 21 de agosto de 2010

A história da Ovelha Amarela


Um rebanho de ovelhas vivia alegremente em uma planície verdejante e saudável. É claro que na média de dois dias eles tinham que dar uma volta em regiões próximas para que o campo renovasse e conseguissem alimentar-se ali novamente. As ovelhas viviam sempre conversando na maior parte do tempo, salvo os momentos que a fofoca parava e podiam comer. O convívio era gerenciado por um ser de outra espécie, um mamífero que andava em pé sobre duas patas e as outras duas para levar uns pedaços de pau que utilizava vez ou outra, para unir o grupo e tocar passagem a outro lugar.


Certo dia foi extremamente especial, enquanto as ovelhas comiam, outro grupo da mesma raça do ser que as acompanhava passou muito perto deles. Isso fez com que aquele amontoado de mamíferos que tinham chegado se confraternizasse com aquele que cuidava das ovelhas. O líder dos mamíferos decidiu acampar aqueles dois dias ali, junto com o novo amigo.

Era interessante notar-lhe a face, o mamífero líder das ovelhas conversava todos os dias com o líder do outro bando. Passaram em frente da barraca o tempo todo conversando. Claro que a conversa pausava toda vez que o responsável pelo rebanho tinha que se levantar e cuidar de alguma ovelha, por conta dos mais variados motivos.

Um cordeiro que tinha se perdido ou a mãe o tinha abandonado, a lã grande demais a ponto de quase matar a ovelha de calor ou tampar-lhe as vistas, machucados nas ovelhas que ele tinha que procurar. Mas, quando resolvido o problema voltava para ouvir as histórias do outro e se interessou por um determinante comportamento alheio. Toda vez que algo acontecia no grupo de mamíferos ou quando alguém foi prejudicado vinha um deles e pedia ajuda ao líder, que facilmente dava instruções. Assim também sucedia sempre que um mamífero fosse se ausentar, ou se machucava ou precisava de orientações. Foi aí que surgiu a conversa:

— Me diga amigo, como fazes para eles te procurarem ao invés de você ter que ir descobrir o que há de errado?
— Ora meu caro, é muito fácil. Eu sou líder desse povo, eles como meus subordinados me devem satisfação e relatórios. Assim também como lhes dou sustento e salário eles precisam entender que não sou obrigado a lhes procurar para saber os problemas das suas almas. Porém, sou muito bom e compadeço deles, assim estou disponível para lhes ajudar sempre que preciso, embora pela demanda de tarefas que possuo, eles precisam no mínimo fazer o esforço de me procurarem e esperarem um tempo hábil.
— Nossa lhe invejo!
— Ora meu amigo, se pudesse transformar essas ovelhas em humanos poderia desfrutar da liderança que tenho. Mas, nossos ramos de negócio são outros. Se algum dia resolveres abandonar as relvas verdes, tenho aqui muito material didático. Acredito que você rapidamente, lendo, aprenderá.

Isso foi o fim para alguns. Os dois dias se passaram e o mamífero com seu rebanho precisou voltar para o rodízio de pasto, o outro pegou seu povo e partiu. A rotina continuou, porém o mamífero decidiu que queria ver aquilo diferente, se ao menos pudesse ensinar as ovelhas a terem um comportamento mais humano, seria fácil. Afinal não exigia muito, o trabalho que elas teriam era apenas de procurá-lo gemendo e mostrar o machucado ou ficar na estrada gritando alto o suficiente para que ele ouvisse de longe. E assim, usando os livros começou a sua utópica tarefa.

Algumas ovelhas pareciam ter se transformado em humanas, e assim o mamífero ficou bastante feliz. Porém, a conversa entre as ovelhas era:
— Acredito muito no potencial desse mamífero!
— Credo! Há dias não consigo nem vê-lo, a lã já me cobre os olhos quase por inteiro!
— Ah, eu também tenho esse problemas, mas não sou acomodada igual você! Eu mesmo arranquei o excesso mordendo.
— Que horror! Selvageria pura! Ele que deveria nos ajudar, veja os machucados que você lhe causou!
— Ah, bobagem. Eu suporto!
— Eu não sou idiota como vocês todas — respondeu outra se enturmando — ouço a voz dele e sigo, mesmo sem enxergar nada.
— Que voz?
— Ora a voz dele!
— Tem tanto tempo que ele não caminha no nosso meio que nem me lembro tão bem assim da sua voz.

E a conversa se seguia, ao longe quase 2 km do rebanho vinha um cordeirinho que há dias ficou atrasado no caminhar do grupo. E estava a cada dia mais doente, a lã ainda permita a visão, todavia estava ficando praticamente amarelo. Assim, devagar quase parando, conseguiu se aproximar das ovelhas, mas a fofoca era tão alta que não lhe deram atenção. Ficou próximo ao mamífero, mas ele dedicava atenção à fila interminável que lhe procurava pedindo ajuda. O cordeiro solitário caminhou um pouco e cai de sono ao chão, por conta do estômago que lhe era um prejuízo na hora de alimentar-se.

Quando o cordeiro, enfim, acordou viu que tinha sido largado. E agora como fazer? Viu descendo a planície uma área escura, porém com árvores grandes. Porém ao olhar ao redor e ver que estava sozinho em campo aberto, lembrou das raposas da região e preferiu se esconder descendo a planície.

Chegou lá e se afugentou dentro de um tronco de árvore. Passado alguns minutos ouviu um "toc-toc" do lado de fora. Tirou a cabeça para fora e viu um pequeno lagarto lhe olhando.

— Credo! Que ovelha amarela feia e horrível é você!
— Não tive culpa, fiquei assim. — respondeu envergonhada.
— Não tinha um pastor para te ajudar?
— O que é um pastor?
— Aqueles mamíferos compridos que andam com vocês, ovelhas!
— Ah, sim! Tinha um, sim — baixou o olhar deixando a tristeza vir à cara.
— Ah tá! Você é mais uma das mesmas!
— Do que está falando?

O lagarto inquieto apontou para uma trilha que ia longe — Olha, não tenho nada a ver com histórias de ovelhas, mas dizem por aí que o grunhido de dor da maior quantidade de ovelhas conseguiria ser ouvido ao longe. E chamar a atenção do Pai dos Mamíferos, ao ponto dele vir ajudá-las e socorrer os seus males. Não acredito nisso! — o lagarto virou de costas e partiu caminhando — Porém, um bocado de ovelhas feias e amarelas costumam caminhar por essa trilha e se juntarem para ficarem grunhindo.

— E como saberíamos que o Pai dos Mamíferos ouviu? — perguntou aos gritos para o lagarto que se distanciava.
— Os magos dizem que quando o céu se tornar azul no meio da noite é porque ele estaria vindo.

O lagarto se entocou entre as folhagens, o cordeiro olhou para a trilha e passou a caminhar. Correr. Até cair ao chão mais uma vez, sabia que era o fim. Percebeu que caiu em outro campo aberto, tentando remexer a  cabeça viu inúmeras ovelhas amarelas caídas ao chão, algumas ainda gruíam. Ele tentou, mas quando o fez terminou com seu último fôlego, apagando lentamente. Era noite.
— O que o horizonte mostra, será que é azul?



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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Indicação da Semana

Quero, honrado, lhes indicar um blog (aberto recentemente) de um irmão que tive orgulho de chamar amigo, Nielson Alves.


Aprecie um prévia.



Papo de Ouvinte

Palavras saem da boca.
Silêncio mora dentro da gente.


Palavras ocupam idiomas.
Silêncio uma pátria universal.


Palavras tem muito do que achamos,
e silêncio muito do que pensamos.


Quando não se encontra mais palavras, o silêncio fala melhor . 


Agora aprecie a totalidade de seus versos livres: http://niestro.blogspot.com/


Boa noite!

sábado, 14 de agosto de 2010

Carta


Querido Deus,




              Desejei te escrever hoje porque você sabe não ando tão digno assim de orar. Sim, eu sei que você vai discordar disso tudo. Mas imagino se realmente orações hoje em dia são respondidas, na verdade imagino se existe de verdade "orações". Na dúvida prefiri escrever uma carta, pelo menos consigo em frente ao computador não me envergonhar tanto do nível calamitoso da minha alma.

              Ando realmente decadente, isso é perceptivo porque a tempos não te visito para nossas conversas informais. Porém, você me deu um gênio instável e uma boca grande demais, um espírito de lobo e uma firmeza de um pinheiro e fico hoje imaginado por que "cargas d'água" fez esse comigo. Bom, mas é culpa sua porque não ficaria assim nunca, era tão pacato e tímido nerd, traumatizado por completo e de repente em um relance de meses você despertou um algo dentro de mim. Que fez meu coração se extender de tanta fermentação de vinho em mim. Agora estou sem destino completamente. Esse inusitado comportamento fez que eu me tornasse um imã para pessoas que desejam compartilhar seus sentimentos. Mas de alguma forma você ainda fez transbordar uma confiança através de mim, não entendo isso porque nem eu coloco minha mão no fogo por mim, e agora vejo pessoas dizendo confiar em mim ao ponto de despejarem seus segredos, medos, traumas e revoltas.

                E de todas as histórias que ouvi, dois motivos básicos geram todos os motivos de emoções que dilaceram as almas das pessoas, são: Relacionamentos e Religião. Engraçado a única coisa que foi dado aos seres humanos como obrigação é exatamente aquilo a qual eles se rebelaram, o amar. Os relacionamentos feitos de "amor", supostamente pelo menos, é levado ao extremo ou a passividade. Ou vemos falta de expressões de amor ou elas são extremamentes descontroladas. E isso machuca as pessoas. Outra coisa é a Igreja, (em letra maiúscula sim, porque falo justamente das pessoas que se dizem crentes ou cristãs) líderes que são levados pelo poder à manipulação e machucam as pessoas e fazem delas marionetes rídiculos, outra coisa é a religião que apredeja mulheres e homens pelos seus pecados, faz muitos se suicidarem e comer e práticar rituais desumanos.

                  Sei que estou perdido. Mas minha pergunta é onde você está? Qual o caminho para te encontrar? Uma das respostas seria "ah, Deus não existe é por isso que não consegue encontrá-lo". Sim é uma das respostas, porém prefiro acreditar que sim existe o Senhor do Universo e, que sim ele se importa com os seres humanos. Se leio a bíblia encontro falar de um Deus de Justiça, que não tolerava falsos profetas, leio sobre um Jesus de amor e que nos deixou o bem mais precioso que é seu próprio Espírito. Deus porque você permite que as pessoas sejam desumanizadas? Porque não as protege com justiça? Porque não se vinga mais? Me diga porque pecadores como eu não conseguem se libertar e encontrar um lugar onde possam pelo menos tentar isso em paz, sem nenhum idiota que se diga lider e tente manipular-nos? ME DIGA DE CORAÇÃO ONDE VOCÊ ESTÁ QUE IREI CORRENDO TE ENCONTRAR E TE PUXAR PELA MÃO, TE FORÇANDO A VIR E SALVAR TODOS ESSES QUE CONVERSAM COMIGO DIARIAMENTE, SE LAMENTANDO DE TÃO PROFUNDAS FERIDAS NA ALMA E NO CORAÇÃO, por favor! Ao menos uma vez mais escute o clamor de um povo, mesmo que o clamor seja silencioso, e compadeça de nós, aspirantes loucos por uma impossível forma de vida.



Abraços candangos,



Fiodarabiola.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ERRATA :: Trilogia :: Política e seus mitos :: #1

Errata

Segundo o artigo 224 da LEI Nº 4.737, DE 15 DE JULHO DE 1965. Que institui o Código Eleitoral encontramos o seguinte texto:

Art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias.
 
        § 1º Se o Tribunal Regional na área de sua competência, deixar de cumprir o disposto neste artigo, o Procurador Regional levará o fato ao conhecimento do Procurador Geral, que providenciará junto ao Tribunal Superior para que seja marcada imediatamente nova eleição.
 
        § 2º Ocorrendo qualquer dos casos previstos neste capítulo o Ministério Público promoverá, imediatamente a punição dos culpados.

Ainda há outro detalhe na lei, segundo a RESOLUÇÃO N. 23.218/2010*
INSTRUÇÃO N. 39732-67.2009.6.00.0000 – CLASSE 19 – BRASÍLIA – DISTRITO FEDERAL.

Art. 169.  Nas eleições majoritárias, respeitado o disposto no § 1o, do art. 166 desta resolução, serão observadas, ainda, as seguintes regras para a proclamação dos resultados:
I – deve o Tribunal Eleitoral proclamar eleito o candidato que obteve a maioria dos votos válidos, não computados os votos em branco e os votos nulos, quando não houver candidatos com registro indeferido, ou, se houver, quando os votos dados a esses candidatos não forem superiores a 50% da votação válida;
II – não deve o Tribunal Eleitoral proclamar eleito o candidato que obteve a maioria da votação válida, quando houver votos dados a candidatos com registros indeferidos, mas com recursos ainda pendentes, cuja nulidade for superior a 50% da votação válida, o que poderá ensejar nova eleição, nos termos do art. 224 do Código Eleitoral;
III – se a nulidade dos votos dados a candidatos com registro indeferido for superior a 50% da votação válida e se já houver decisão do Tribunal Superior Eleitoral indeferitória do pedido de registro, deverão ser realizadas novas eleições imediatamente; caso não haja, ainda, decisão do Tribunal Superior Eleitoral, não se realizarão novas eleições;
IV – se houver segundo turno e dele participar candidato que esteja sub judice e que venha a ter o seu registro indeferido posteriormente, caberá ao Tribunal Eleitoral verificar se, com a nulidade dos votos dados a esse candidato no primeiro turno, a hipótese é de realizar novo segundo turno, com os outros 2 candidatos mais votados no primeiro turno, ou de considerar eleito o mais votado no primeiro turno; se a hipótese for de realização de novo segundo turno, ele deverá ser realizado imediatamente, inclusive com a diplomação do candidato que vier a ser eleito.


Então nesses dois casos, sim, a nulidade dos votos pode promover novas eleições.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Inspiração para prosseguir

Habilite a legenda do vídeo.

E sente-se no sofá, ouça o som.


Abraços.





















Manifesto


Descobri que estou apaixonado. Completamente apaixonado.

Apaixonado pela morena de cabelos lisos, magrinha com um sorriso ingênuo.

Apaixonado pela negra de formas avantajadas e da mulata de cabelo ondulado.

Caídissimo pela loira gordinha com tornozelos cheinhos. Adoro cada dia mais o rapaz com cara truncada, o nerd e o emo. Me sinto atraído pela travesti e pelo homoafetivo.

Por mais que eu tente reter esse amor, minha expressão facial se encontra radicalmente radiante ao ver a criança sendo levada pelos pais na rua, me pego olhando de queixo caído o rico com seu iPad sobre o colo passando cada "página" digital.

Não consigo mais não querer declarar meu amor para as crianças nas ruas e abraçar e beijar desesperadamente os mendigos sujos enlameados por conta das chuvas de setembro.

Amo cada velhinho com suas rugas, e os doentes com seus espirros. Descobri que sou desesperadamente apaixonado e quando me vi assim me encontrei um ser triste.

Triste porque a tanto tempo não declaro meu amor, a tanto tempo não passo tardes juntos com meus "amorecos". Descobri que serei o mais infeliz dos homens enquanto não me encher de cara de pau o suficiente para dizer a cada um deles que eu os amo. Porque hoje apenas descobri, não amo alguém por ter ou perder, por ser ou perder-se. Amo o ser humano por ser humano, e isso me basta. Se bastar a eles seremos amantes até que a morte nos separe.