domingo, 4 de novembro de 2012

Série: Comentando o Sábio Mulherengo - #3

NeilsPhotography by Flickr

E assim caminha a humanidade, em passos de formiga e sem vontade. Já disse o poeta Lulu Santos. Essa vida nos atrapalha e é tanto cotidiano para um pessoa só que fiquei atrasado aqui. Façamos de conta que não estou, e seguiremos:

Eis os textos do velho mulherengo:

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.
Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha?
Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os exercitar.
Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim.
Já tenho entendido que não há coisa melhor para eles do que alegrar-se e fazer bem na sua vida;
E também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um dom de Deus.
Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dele.
O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou.
Vi mais debaixo do sol que no lugar do juízo havia impiedade, e no lugar da justiça havia iniqüidade.
Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra.
Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais.
Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade.
Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó.
Quem sabe que o fôlego do homem vai para cima, e que o fôlego dos animais vai para baixo da terra?
Assim que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?
Eclesiastes 3:1-22
Engraçado, anteriormente, o velho se embate em um pensamento sobre a validade de seu esforço, se perde no pensar que o acumulo de coisas é puro desperdício de esforço, pois provavelmente outro se beneficiará disso. Se pergunta do injusto e percebe que tolo ou sábio, ambos, passaram pelo mesmo fim. E ao pensar se Deus faria distinção sobre ambos ele chega na conclusão das etapas da vida.
Tudo tem seu tempo. Tempo disso ou daquilo. E sua pergunta prevalece... "que proveito há?". Não há nada melhor do que a cada pessoa ser concedido o prazer de provar do seu trabalho. Isso é o presente de Deus, desfrutar do próprio trabalho em vida. Porém, entre esses ensinos o velho disse uma frase, que particularmente eu gosto muito: "Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim". Ele diz que Deus colocou o mundo, em outras versões diz que colocou a eternidade, ou o desejo da eternidade. Sem que houvesse tempo ou possibilidade de compreensão para nós entendermos a obra de Deus. Fico pensando nisso, quem sabe essa frase faça nascer um post no futuro. Continuemos por hora...

Parece que o velho começa a compreender algo apesar de que o que mais o inquieta ainda fica vago. Os justos e injustos, justiça e injustiça. Ele quer acreditar que a morte sentencia igualdade a todos. Igualdade entre humanos e até equiparação com os animais. Todos morrem. Mas, essa definição de viver e alegrar-se de seu esforço em vida é o que interessa e, a injustiça de deixar o injusto para ser justificado só na morte, isso não foi respondido, provavelmente custou outra noite de sono ao velho e nos custará ainda outro post para ver onde esses seus pensamentos foram.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Série: Comentando o Sábio Mulherengo - #2

Neil. Moralee by Flickr


Se você chegou aqui. Primeiro, não ouse começar a ler esse texto sem passar pelo primeiro texto. Não é assim que se faz com uma série. Risos. Segundo, um bem vindo a você que leu o primeiro texto e resolver continuar essa saga de comentários sobre os textos de um homem que dormiu com mais de mil mulheres.

Eis, a continuação de seus textos e sua filosófica sabedoria:


Disse eu no meu coração: Ora vem, eu te provarei com alegria; portanto goza o prazer; mas eis que também isso era vaidade.
Ao riso disse: Está doido; e da alegria: De que serve esta?
Busquei no meu coração como estimular com vinho a minha carne (regendo porém o meu coração com sabedoria), e entregar-me à loucura, até ver o que seria melhor que os filhos dos homens fizessem debaixo do céu durante o número dos dias de sua vida.
Fiz para mim obras magníficas; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas.
Fiz para mim hortas e jardins, e plantei neles árvores de toda a espécie de fruto.
Fiz para mim tanques de águas, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores.
Adquiri servos e servas, e tive servos nascidos em casa; também tive grandes possessões de gados e ovelhas, mais do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém.
Amontoei também para mim prata e ouro, e tesouros dos reis e das províncias; provi-me de cantores e cantoras, e das delícias dos filhos dos homens; e de instrumentos de música de toda a espécie.
E fui engrandecido, e aumentei mais do que todos os que houve antes de mim em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria.
E tudo quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma; mas o meu coração se alegrou por todo o meu trabalho, e esta foi a minha porção de todo o meu trabalho.
E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol.
Então passei a contemplar a sabedoria, e a loucura e a estultícia. Pois que fará o homem que seguir ao rei? O mesmo que outros já fizeram.
Então vi eu que a sabedoria é mais excelente do que a estultícia, quanto a luz é mais excelente do que as trevas.
Os olhos do homem sábio estão na sua cabeça, mas o louco anda em trevas; então também entendi eu que o mesmo lhes sucede a ambos.
Assim eu disse no meu coração: Como acontece ao tolo, assim me sucederá a mim; por que então busquei eu mais a sabedoria? Então disse no meu coração que também isto era vaidade.
Porque nunca haverá mais lembrança do sábio do que do tolo; porquanto de tudo, nos dias futuros, total esquecimento haverá. E como morre o sábio, assim morre o tolo!
Por isso odiei esta vida, porque a obra que se faz debaixo do sol me era penosa; sim, tudo é vaidade e aflição de espírito.
Também eu odiei todo o meu trabalho, que realizei debaixo do sol, visto que eu havia de deixá-lo ao homem que viesse depois de mim.
E quem sabe se será sábio ou tolo? Todavia, se assenhoreará de todo o meu trabalho que realizei e em que me houve sabiamente debaixo do sol; também isto é vaidade.
Então eu me volvi e entreguei o meu coração ao desespero no tocante ao trabalho, o qual realizei debaixo do sol.
Porque há homem cujo trabalho é feito com sabedoria, conhecimento, e destreza; contudo deixará o seu trabalho como porção de quem nele não trabalhou; também isto é vaidade e grande mal.
Porque, que mais tem o homem de todo o seu trabalho, e da aflição do seu coração, em que ele anda trabalhando debaixo do sol?
Porque todos os seus dias são dores, e a sua ocupação é aflição; até de noite não descansa o seu coração; também isto é vaidade.
Não há nada melhor para o homem do que comer e beber, e fazer com que sua alma goze do bem do seu trabalho. Também vi que isto vem da mão de Deus.
Pois quem pode comer, ou quem pode gozar melhor do que eu?
Porque ao homem que é bom diante dele, dá Deus sabedoria e conhecimento e alegria; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte, e amontoe, para dá-lo ao que é bom perante Deus. Também isto é vaidade e aflição de espírito.
Eclesiastes 2:1-26

O velho ao entender que o significado de compreender as coisas trazia um extremo desafio de levar nas costas a verdade, fez o que todo homem acaba por fazer engatou o copo cheio pra dentro. Mas, diferente de um bêbado chorando ao ombro de um garçom ele se empenhou em pensar sobre a vida e as coisas que traria prazer. O caminho tomado, não novo por se dizer, foi a construção de bons momentos, experiências e projetos.

Aqui já se faria feliz qualquer escritor de auto-ajuda. Obras, casas, vinhas, jardins, lugares bonitos, trabalhadores, fazendas, mais popularidade do que todos de sua região, dinheiro, muito dinheiro, festas, mulheres. Óbvio, tudo isso lhe trouxe felicidade. Prazer. E o bom senso de pensar sobre as coisas agregou ao velho sábio mais sabedoria. Todavia, os mais loucos sempre fazem a pergunta que não deveriam fazer quando alcançam esse auge: "Que me serviu tudo isso?".

E ai é o que velho já havia falado, a compreensão dos fatos traz o peso. Qual o motivo te ter feito tudo isso? Vaidade. Queria isso para mim e suprir os desejos dos meus olhos, essa era a intenção. E o que há de melhor? Sabedoria no andar e clareza na vida.

Todavia, com o tempo algumas coisas acontecerão, por exemplo, tanto o sábio quanto o tolo morreram. Suas histórias podem ser esquecidas. E todo o trabalho realizado e as coisas conquistadas? Ficariam para um outro. Os filhos talvez. Acumular tanto, crescer tanto e aproveitar tão pouco. Provável que a aposentadoria traga o esperado descanso e a maldita velhice. O que há de pensar um homem se ver que o tempo lhe sobrevém e que o tudo pode se tornar nada.

Assim, o primeiro passo é a abnegação. Desprezar as próprias conquistas e diminuir a vontade de fazer tudo que os escritores de auto-ajuda falaram. Tanto cansaço e aflição para ser bom, sábio, inteligente e rico. Vaidade em tudo. E então, a paz e certeza da felicidade irá se desvanecendo. O velho, da vaidade do outro texto encaminhou-se para esse das incerteza nas conquistas cotidianas da sociedade. E para alcançar um pensamento sublime em cima do caos que se revelava reconheceu a intenção de Deus para os bons e maus. Agora, qual caminho traria pensar sobre essa certeza? Encontrar a continuação dos devaneios ou sabedorias do velho mulherengo necessitará continuar os textos. E você meu amigo teimoso, que não deveria ter chegado até aqui...algo me diz que nos veremos amanhã. Todavia, já que estamos nessa linha juntos compartilhe algo logo abaixo. Se não estou sozinho é sempre bom saber que tem alguém por perto também. De forma pessoal e não pelos relatórios do Google Analytics, risos.


Boa noite.






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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

#NAOLEIA - Série: Comentando o Sábio Mulherengo - #1

Nwardez by Flickr


Se você está lendo já desobedeceu a primeira expressão que eu disse. Desobediente. Ovelha negra.

Se ainda insiste até essa linha você é um renegado incurável. Tem perguntas que te inquietam e talvez até duvide de que exista alguém para respondê-las. Nessa caso, já que sua ousadia não tem cura só me resta dizer "bem-vindo". Ouso assumir que sou louco e comentar as falas de um homem mulherengo. Todavia, uma pessoa inquietante.Em sua história preferiu a sabedoria do que as mulheres. E não é que por ter sido sincero nesse pedido ele não ganhou justamente sabedoria, mulheres e riqueza. Haja sorte assim para um homem só. Porém, quem caminha atrás de sabedoria acaba por descobrir estranhas verdades. Como disse um personagem de um livro que será lançado: Não busque a verdade se não estiver disposto a aceitá-la quando a encontrar.


Eis o início do falatório:


Sábio Mulherengo, vulgo Salomão, em seu segundo livro denominado "Eclesiastes":


Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém.
Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.
Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?
Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.
Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.
O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.
Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.
Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.
O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.
Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois.
Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém.
E apliquei o meu coração a esquadrinhar, e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; esta enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar.
Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito.
Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode calcular.
Falei eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; e o meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e o conhecimento.
E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que também isto era aflição de espírito.
Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.
Eclesiastes 1:1-18
 Já lhe ocorreu aquela sensação de "para que raios eu estou fazendo isso?", comigo já e inúmeras vezes. Acho cômico o início de um sermão de um velho sábio começar com "vaidade... vaidade... vaidade". O que menos admitimos na vida é que somos vaidosos. Fazemos isso ou aquilo para os outros mas prestamos relatórios e colocamos fotinhas nossas chorando nas redes sociais. Vaidoso! Trabalhamos duro e gastamos com nós, ou nossa família, é claro. Para que? Para todos terem o melhor, serem os melhores e no final das contas podermos dizer que estamos bem. Vaidosos! Fazemos rituais religiosos e contamos para todos, obviamente, disfarçadamente entre uma linha e outra em um contexto que foi costurado singularmente para não parecer ostentação. Vaidosos! E no fim de um pensamento como esse refletimos: "que diferença isso faz!" O sol sobe e desce, o vento vai e volta, as águas seguem ignorando o fato de clicarmos elas no Instagram. E assim, trabalhamos em um sistema humano que não precisaria existir. Geração após geração. Repetindo um ciclo que propagamos não haver anteriormente existido. E como aqueles loucos que afastamos em hospitais psiquiátricos, também levamos nossas vida dizendo que somos normais e, diferentemente, caminhamos nas ruas sendo apenas "nós mesmos".

Então, tirando as fotos dos álbuns e os livros que sobreviveram ao tempo, temos um pedaço da imensa verdade do que foi o passado. Julgamos ser completa, todavia, o mais completo livro ainda é incompleto em relação ao todo que aconteceu realmente.

O velho foi rei, teve muitas mulheres. Muitas mulheres, mesmo! E se dedicou a desvendar algumas perguntas. E percebeu que tudo isso, até o motivo que lhe fez escrever o livro, era vaidade e não só isso, como também aflição. "Porque?" Pergunta você todo afoito esperando ouvir a resposta. É simples, por que você não obedeceu o que deveria ter obedecido: #NAOLEIA. Procurar o conhecimento implica em descobrir verdades. E mesmo que você diga que está pronto para elas. Bem, meu amigo: VOCÊ NÃO ESTÁ! Existem verdades que te enlouqueceriam mesmo você já em sua vaidade dizer: "Eu já vi de tudo nessa vida". Não, você não viu! Muita sabedoria é cansaço (enfado) e quanto mais você tiver mais dor terá porque terá que carregar o fardo de saber dessas verdades e ter que decidir o que fazer com elas.

Assim,  o velho mulherengo começou seu segundo livro de sabedorias. Aqui deveria ser a pausa em sua vida. Realmente quer seguir a jornada? Realmente quer ler o que esse amante das mulheres tem a dizer? Quer dor, cansaço? Não busque a verdade se não estiver pronto para aceitá-la quando a encontrar. Digo isso a anos e ninguém me escuta. Não volte aqui amanhã. E acima de tudo, leia qualquer coisa desse blog. Menos essa série, é claro.




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terça-feira, 9 de outubro de 2012

#CRITICA - Proletários e o sonho americano, ops... brasileiro.


O Brasil está em bons tempos econômicos, ouvi algumas pessoas falando. A nova classe C está tendo poder de compra, vi em outro relatório outro dia. Eleições anunciam grandes fracassos ao poder, se interpreta do resultado das eleições; a classe B se institui com mais força esse ano, é a nova pauta dos jornais. Os juros prometem cair, as taxas bancárias também. Um bolha imobiliária se infla mais não estoura. Resumindo, nosso país está muito bem. Ou não.

Aqueles que vendem o produto do seu esforço humano, trabalho, em troca de sobrevivência está seduzido pelo capitalismo inalcançado, tendo mais cédulas de reais para gastar, porém, reforçando o ciclo desse mercado que agora está fazendo campanhas específicas para eles. Como assim? Bem, o nome disso é proletariado. A grande massa de pessoas que não podem usufruir do seu trabalho para vendê-lo sem se vender, e se permite a explorações para poder sobreviver. Sim, não serei hipócrita, as condições de trabalho melhoraram, as leis de CLT estão bem solidificadas no país, a justiça trabalhista é uma das mais rápidas e a cada dia parece que essa massa está muito bem. Todavia, lá no fundo da questão. Os proletários continuam trabalhando porque parar significa extinção.

Mas eles podem trabalhar e ainda ter um dinheirinho para um iPhone! Eles podem consumir viagens pelo Brasil. Os novos classe média podem parcelar produtos caros. Isso para mim parece tudo ilusão. Na verdade, me aparenta uma outra palavra: tortura. É torturante ter que trabalhar dois anos ou mais pelo sonho capitalista de conhecer a Europa. Me parece angustiante trabalhar e vender sua mão de obra aguentando qualquer coisa para poder comprar um Negresco para o filho todo o mês. Se endividar, depois limpar o nome, depois parcelar, depois pagar as atrasadas, depois quitar e depois comprar de novo uma nova coisa. Uau! Que correria. Quando você menos percebe, gastou a vida tentando ser menos proletário. Acabando, por fim, sendo mais proletário ainda com sonhos capitalistas para no fim repassar isso como tradição para sua prole. Tente escapar! - ouço um desses dizer ao filho. E como o sistema é tão bem montado, vamos lá para o início do texto começar tudo de novo, só que dessa vez com os herdeiros do pobre coitado que vendeu sua vida em troca de nada, por desejos que nunca teve realizados no final das contas.

Agora sim, nesse texto faz sentido usar a frase: "Proletários de todos os países, uni-vos!".



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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Coisas da vida...

Uma ponte existe para unir dois lados. E dois lados existem para ser o oposto ao lado do lado de lá. Escolher um lado é uma coisa tão chata. Certo ou errado, tudo ou nada. Isso ou aquilo, outro ou outra. Machismo ou feminismo, capitalismo ou comunismo. Branco ou preto. Yin ou Yang. Você está comigo ou é meu inimigo. Um ou dois. Dois ou um. A escolha é um mito que separa e separação é algo que traz guerra.

Acho que ser ponte não é estar no meio. Ser "em cima do muro". E sim, ser união. Coexistência. É a possibilidade de zona neutra, de ida e vinda. De conhecimento, de mistura. Equilíbrio. A estrutura de uma ponte se equilibra, sobre o ar, sobre a água, sobre algo. O equilíbrio que permite a coexistência. Onde um lado não é o lado de lá, mas é de cá e de acolá. Onde uma ponte não é indecisão. E sim passagem, mudança e o mais importante: INTERSECÇÃO.


Boa tarde!

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domingo, 2 de setembro de 2012

Um buraco

Inquieto. Sinto-me bastante inquieto. Com um buraco gigante no peito. Um vazio que não preencho. Uma solidão que me perturba. Impulsiona-me para um ponto. Todavia, não saio do lugar. Uma âncora gigante foi amarrada nos meus pés e não sei quem a colocou lá. Embora quando me olho no espelho tenho a leve sensação de que vejo o culpado disso.

Sabe esses filmes onde o personagem está imóvel e o roteirista cria um plot point para levá-lo à sua missão? Esses tipos sempre permanecem insaciáveis, a não ser quando o personagem é saciado pelo cumprimento daquilo que deveria fazer. Me sinto assim, insaciável. Com um buraco gigante no peito e um grito gigante na garganta. Uma vontade imensa de mudar algo e por mais que eu procure minha missão, sinto ela gritando de dor nos meus ouvidos. Muitas vezes tento abafá-la com o "entretenimento", mas esse som nem sempre é silenciado.

Quero minha missão. Quero meu plot point. Quero minha vida além desse ato inicial que parecesse já estar cansando os telespectadores com tamanha longevidade. Espírito Santo, nos tira do contingente?!

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Lendas Urbanas, Didi e outros acontecimentos das redes sociais.

http://www.umsabadoqualquer.com

Tem muito tempo que não escrevo e por isso pretendo voltar das minhas férias com mais dedicação. Porém, adiantando a volta aos textos, hoje fui impulsionado pela quantidade de postagens no meu Facebook, dos religiosos que sobreviveram ao meu limpa na timeline.

Sinceramente não suporto mais ver imagens malfeitas do Didi e seu suposto filme, muito menos lendas sobre o apocalipse, o fim do mundo, mensagens subliminares e etc.

Em primeiro lugar essa alta "re-postagem" do filme do Didi não passa de um desejo insaciável que os religiosos (crentes, católicos ou pseudo-cristãos) tem de se sentirem ameaçados e reprimidos e acharem que Deus é tão ínfimo que não possa se defender. Esse desejo de destruição que procede nos religiosos para desbancar "as investidas do maligno" não passa de uma imensidão de falta de inteligência e o mínimo de curiosidade para investigar as verdades antes de clicar no botão "compartilhar".

Primeiro, abaixo segue o parágrafo do texto explicativo no próprio site do Didi (http://bloglog.globo.com/renatoaragao/):


[...]Minha empresa já produziu mais de 45 filmes, todos voltados para o entretenimento da família brasileira, respeitando nossos valores e nossa cultura. Sou católico e temente a Deus. Jamais abriria mão de minha fé incondicional em Jesus, o Filho Único de Deus.  Gostaria, entretanto de relembrar que fé e ficção são áreas completamente distintas, mas que sempre despertaram polêmicas, desde Milton, em "Paraíso Perdido" até José Saramago em seu "Evangelho Segundo Jesus Cristo". Mesmo estes gênios literários e suas polêmicas obras não foram capazes de rebaixar a Bíblia e as histórias de vida ali contidas a meros personagens de obras literárias ou de ficção. Por que digo isto, porque realmente escrevi um roteiro provisoriamente intitulado "O Segundo Filho de Deus", obra de ficção com registro público na Biblioteca Nacional, a qual vem sendo deturpada, dizendo inclusive que eu teria a pretensão de ser o "novo" Jesus!, ABSURDO.  O Didi é um grande atrapalhado, e em todos os filmes essa será sempre sua característica. Só para esclarecer, este roteiro inclusive já teve o título alterado para "O Segredo da Luz" e não há previsão para sua realização. Acredito que estas pessoas, que nem sequer tiveram acesso à obra,  querem apenas incitar os incautos a juntarem-se a eles nesta invejosa empreitada de denegrir meu nome e desacreditar uma campanha séria que já comprovou sua atuação e eficácia em 27 anos de resultados positivos.  Registro que nestes 27 anos isso sempre acontece... infelizmente. [...] (grifo meu).


Sim, existe um filme que inicialmente teve esse nome. Mas, me dá licença... Você leu o roteiro? Alguém viu o roteiro? Alguém viu a filmagem? O filme nem foi filmado. Quem vazou isso usou de pura auto-liberdade de fofoca.

Segundo, o mundo não vai acabar. Desculpe-me você pseudo-cristão que quer destruir tudo e matar os infiéis condenando-os ao inferno. Depois do arrebatamento, volta de Cristo, Armagedom (que é uma guerra e não a explosão do globo terrestre), e tudo o mais que você encontra em escatologia, o que acontece é a renovação da Terra. Novos céus e nova Terra. O planeta não explode, meu querido. Para de bestagem.

Terceiro, você que adora mensagem subliminar, tenho uma péssima notícia: toda mensagem que é exposta em qualquer meio que esteja sendo transmitida em uma frequência abaixo ao acima do limiar de percepção do ser humano não é processada ou captada pelo cérebro. Então, não tem nenhum efeito sobre a pessoa. Ponto. Isso é ciência. Até hoje isso foi comprovado. Beleza!? Vamos parar com essa chatice também.

Pelo amor de Deus. Vamos parar de achar que tudo gira em torno de religião! Vamos parar de pensar como seres alienados. Usemos o cérebro que Deus nos deu. Larguem os preconceitos e esterótipos em relação as pessoas, ainda existe liberdade de expressão nesse país. Se você quer dizer que Jesus é bom, a lei que é laica ainda concede liberdade para alguém dizer o contrário também. Parece que os religiosos vivem com inveja dos países muçulmanos radicais e gostariam imperar no Brasil sobre um regime parecido. Estou de saco cheio disso. Respeitem as pessoas. Parem de divulgar mitos. Comprovem os fatos. Deem direito a fala, réplica, tréplica às pessoas. Tentem ser mais como Jesus. Por que toda vez que eu olho para vocês procurando um exemplo de vida cristã me enojo e fico perdido sem saber quem na verdade se assemelha com o Jesus que eu leio na Bíblia.

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sexta-feira, 27 de julho de 2012

O maior pecado de todos os tempos

O maior pecado de todos os tempos, na minha opinião, não é o sexo. Muito pelo contrário, a falta dele faz muitos pecarem absurdamente mais. Também não seria a inveja, porque por muito menos gente humilde cometeu absurdos. Acredito no amor, mas a falta dele, não acho, que é o maior pecado de todos os tempos. Imagino que o maior pecado de todos os tempos é a covardia.

"Ahn... covardia?!". Passou em sua mente agora: "Desde quando isso é pecado". Bom, desde que a covardia pode ser exatamente o estágio posterior ou o sinônimo para timidez. Afinal, você nunca se perguntou por que no livro do Apocalipse (21.8) isso entrou na lista de características eliminatórias para entrar no céu? Timidez silencia, tira a ação, falta à exposição. Se isso for acoplado a um contexto onde era preciso o posicionamento de uma pessoa. Hum, sim... a timidez se tornou covardia. Ou sempre foi.

Não ir até o fim ou ser capaz de gerir um pensamento capcioso durante a busca por uma verdade. Ter medo de ser retaliado por uma opinião, e não dizê-la. Nunca arriscar e permanecer inerte. Não mudar. E blá blá blá.

Um covarde se esconde de Deus e coloca a culpa na mulher. O outro foge da comunidade por não ser capaz de reescrever uma história. Alguns não perdoam ou não amam, ou pior não se expõem a isso. Quem tenta mudar, muda ou não, e ainda quem desafia, vence ou não. Porém, vale a dica: Pedro duvidou ao andar sobre as águas. Fato. Mas, foi o único que andou. Os demais covardes nem o pé colocaram para fora. Covardes ficam, os demais vão. Os tímidos se calam, os outros se expõem. Quão diferente seria a história se 13 homens tivessem andado na água aquele dia? Quão diferente seria sua história se tivesse feito aquilo que prometeu a si mesmo que ia fazer?



Boa tarde!

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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Com amor para aqueles que falam em nome de algum Deus...

Regras para ler esse texto:


- Não seja determinista. Não é por que eu farei uma crítica a um tipo de coisa ou comportamento que isso seja errado, a não ser que seja expresso como tal, e não seja aquela pessoa que não balanceia o que ouve, pense e não engula. Criticar algo é tornar isso uma pauta de pensamento, o mundo não é certo ou errado. O mundo é pensamento, ouça uma crítica e verifique dela o que poderia ser mudado no conceito e não exclua algo só por que foi criticado.

- O texto pode citar exemplos, mas não é  para pensarmos em um fulano que faz isso. A ideia é repensarmos sobre nós mesmos ao falar em nome de algum Deus. Por isso, a última regra é:

- Esse texto é dirigido a todos aqueles que um dia falou em nome de algum Deus, aqueles que "pregaram", "ensinaram", "discipularam", "profetizaram", "revelaram" ou coisa do tipo. Se você nunca levou a palavra do seu Deus, ficará um pouco perdido, todavia, todos são livres para lerem.




"Disse Deus...!"

Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o SENHOR. Jeremias 23:1

Assim começa o primeiro versículo do livro de Jeremias, capítulo 23, encontrado na Bíblia Sagrada. Estava lendo esse texto outro dia e me atentei com curiosidade para essa fala, somando a isso também tem um pensamento que me levou a escrever esse texto. Pretendo me esforçar a ser objetivo e claro para começarmos uma conversa sobre o tema.

O começo do capítulo é direto, Deus repreende aqueles pastores que faziam o seu povo se dispersar da presença dele. Usando as figuras de linguagem, Deus coloca o seu povo como ovelhas que confiou nas mãos de algumas pessoas. Porém, os "pastores" dessas ovelhas estavam com toda sorte de sentimentos que não era coniventes com a vontade divina. Escrevi sobre isso em uma história uma vez aqui no blog: Ovelha Amarela.

Porém, ao ver esse tratamento, Deus promete um novo pastor, um renovo que viria para essas ovelhas. Para cuidar delas no lugar dessas pessoas ruins que se diziam pastores. Pare agora e leia os textos ao qual estou mencionando:


Portanto assim diz o SENHOR Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o SENHOR.
E eu mesmo recolherei o restante das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão, e se multiplicarão.
E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão, nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o SENHOR.
Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra.
Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA.
Portanto, eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que nunca mais dirão: Vive o SENHOR, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito;
Mas: Vive o SENHOR, que fez subir, e que trouxe a geração da casa de Israel da terra do norte, e de todas as terras para onde os tinha arrojado; e habitarão na sua terra.
Jeremias 23:2-8

Uma coisa fica muito clara no texto a partir de agora: Deus rejeita aqueles que dizem falar em seu nome quando o próprio Deus não disse nada. Por exemplo:

- "Senti de Deus que te devo dizer..."
- "Sonhei algo que Deus me revelou sendo..."
- "Hoje a noite trarei a Palavra de Deus que é..."
- "Profetizo que a vontade de Deus é que você faça isso... e vá para..."

Etc. Etc. Etc. Etc. Mil vezes. O coração do homem é enganoso e perverso (como disse o próprio Jeremias seis capítulos atrás do que estamos lendo). A vontade, a voz de Deus é algo sério. Todos que dizem em nome de Deus deveria ter tremor. Pessoalmente tenho pavor mesmo. Medo de dizer algo que Ele não tenha dito. De dar uma direção para uma pessoa que não seja realmente a vontade de Deus. Medo de ouvir meu querer subconsciente falando dentro de mim e dizer que é a vontade de Deus.

Senhores e senhoras que falam em nome de suas crenças. Seja qual for a sua religião ou Deus. Pensem por um minuto, sendo esse Deus tão poderoso ele não lhe haveria de castigar caso esteja inventando coisas? Será mesmo que Deus está tão longe para não ver o que estás a fazer com as pessoas? Ou a escrever na internet? Ou revelar nessa ou naquela situação?

Medo. Tenho medo de dizer algo que não me é absurdamente certo de que foi Deus que disse. Prefiro dizer que é minha opinião do que falar como se fosse uma revelação. Veja como Jeremias também se incomodou com isso ao ponto de atrair a revelação de Deus para esse comportamento:

Quanto aos profetas, já o meu coração está quebrantado dentro de mim; todos os meus ossos estremecem; sou como um homem embriagado, e como um homem vencido de vinho, por causa do SENHOR, e por causa das suas santas palavras.
Porque a terra está cheia de adúlteros, e a terra chora por causa da maldição; os pastos do deserto se secam; porque a sua carreira é má, e a sua força não é reta.
Porque tanto o profeta, como o sacerdote, estão contaminados; até na minha casa achei a sua maldade, diz o SENHOR.
Portanto o seu caminho lhes será como lugares escorregadios na escuridão; serão empurrados, e cairão nele; porque trarei sobre eles mal, no ano da sua visitação, diz o SENHOR.
Nos profetas de Samaria bem vi loucura; profetizavam da parte de Baal, e faziam errar o meu povo Israel.
Mas nos profetas de Jerusalém vejo uma coisa horrenda: cometem adultérios, e andam com falsidade, e fortalecem as mãos dos malfeitores, para que não se convertam da sua maldade; eles têm-se tornado para mim como Sodoma, e os seus moradores como Gomorra.
Jeremias 23:9-14

Sou pecador. Tenho pecado. Mas se algo que veio em minha vida desde cedo e até hoje perdura é o temor.  E o que acho mais engraçado é pensar que tem pessoas que dizem ouvir a voz de Deus direto! Por que me espanto? Simples. Já leu o Salmo 29? Já leu os textos sobre essa voz (João 12.29 e Apocalipse 14.2 entre vários outros exemplos, Elias na montanha ou Pedro na sacada da casa)? Agora me diga meu amigo, como a voz de Deus pode deixar dúvidas? Tendo Deus falado como pode um homem não ter certeza absoluta de que a ouviu? Houve dúvidas? Hum...Sabe, enganoso é o coração. Não confunda a voz de Deus com a voz da sua vontade inconsciente ou subconsciente. Não chame de divino algo que você inventou. Tenha temor. Continuemos:


Portanto assim diz o SENHOR dos Exércitos acerca dos profetas: Eis que lhes darei a comer losna, e lhes farei beber águas de fel; porque dos profetas de Jerusalém saiu a contaminação sobre toda a terra.Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas, que entre vós profetizam; fazem-vos desvanecer; falam da visão do seu coração, não da boca do SENHOR.Dizem continuamente aos que me desprezam: O SENHOR disse: Paz tereis; e a qualquer que anda segundo a dureza do seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós.Porque, quem esteve no conselho do SENHOR, e viu, e ouviu a sua palavra? Quem esteve atento à sua palavra, e ouviu?Eis que saiu com indignação a tempestade do SENHOR; e uma tempestade penosa cairá cruelmente sobre a cabeça dos ímpios.Não se desviará a ira do SENHOR, até que execute e cumpra os desígnios do seu coração; nos últimos dias entendereis isso claramente.Não mandei esses profetas, contudo eles foram correndo; não lhes falei, contudo eles profetizaram.Mas, se estivessem estado no meu conselho, então teriam feito o meu povo ouvir as minhas palavras, e o teriam feito voltar do seu mau caminho, e da maldade das suas ações.Porventura sou eu Deus de perto, diz o SENHOR, e não também Deus de longe?Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o SENHOR. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o SENHOR.Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, profetizando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei.Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, e que só profetizam do engano do seu coração?Os quais cuidam fazer com que o meu povo se esqueça do meu nome pelos seus sonhos que cada um conta ao seu próximo, assim como seus pais se esqueceram do meu nome por causa de Baal.O profeta que tem um sonho conte o sonho; e aquele que tem a minha palavra, fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o trigo? diz o SENHOR.Porventura a minha palavra não é como o fogo, diz o SENHOR, e como um martelo que esmiuça a pedra?Portanto, eis que eu sou contra os profetas, diz o SENHOR, que furtam as minhas palavras, cada um ao seu próximo.Eis que eu sou contra os profetas, diz o SENHOR, que usam de sua própria linguagem, e dizem: Ele disse.Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o SENHOR, e os contam, e fazem errar o meu povo com as suas mentiras e com as suas leviandades; pois eu não os enviei, nem lhes dei ordem; e não trouxeram proveito algum a este povo, diz o SENHOR. Jeremias 23:15-32


Lembre as regras lá de cima (se esqueceu, leia-as novamente). Nem todos que falam em nome do Senhor realmente estão falando, todavia, alguns que dizem em nome de Deus realmente estão falando. Discirna. Pense. E acima de tudo vigie a si mesmo! Nem toda profecia dada no passado é para ser repetida no presente. Todavia, acredito que no caso do texto que estamos lendo fica uma verdadeira dica sobre a personalidade de Deus: ele não compactua com mentiras em seu nome e não gosta quando falam seu nome em vão e em coisas em que não disse sequer uma vez.

O capítulo continua. O livro continua. Leia o livro de Jeremias. Pense sobre você. Por que nesse momento estou pensando sobre mim. Estou com temor, pavor. Sei que Deus perdoa meus pecados. Mas ele não deixa que as pessoas o façam de produto de zombaria ou boneco de manipulação. Tenha Deus misericórdia de nós, hoje e sempre.

Comente, mande email, faça algo. Mas mantenha contato, conversando ajudamos uns aos outros.



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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Relações de Vidro

Antes de tudo gostaria de lhe promover ao diálogo, seja aqui ou no facebook e até mandando um email. Comente ou contra-argumente. Não peço elogios nos comentários, mas comentários. Saber a opinião das pessoas é necessário para construir a nossa. Uma afirmativa ou uma pergunta, tanto faz. Expresse sua opinião em algo mais do que monossílabas. Bem vindo!



Relações de vidro.



Quando criança ouvia uma canção infantil que dizia assim:

O amigo é aquele que está ao seu lado
Na hora da sua alegria
Falando palavras reais
Que quebram a fantasia
Estejas no meio do ouro
Ou sentado na lama e no pó
O amigo é contigo e jamais te deixa só
E quando no vale da sombra da morte
Tiveres de passar
Ainda que muitos te deixem
Ele não te deixará
Fará da tua tristeza
Um motivo pra se entristecer
E só terá alegria ao te ver
Triunfar e crescer
Pois contigo está.
(Turma do printy - O amigo)

Eu nunca devia ter ouvido essa música. Pois, ela se tornou um manifesto de amizade para mim. Toda e qualquer relação eu passei a pautar por esses versos. E nunca chamei de amigo àqueles que não passaram entre cada letra. Isso me fez ser mais rigoroso no quesito das relações e me transformou em um cético de alto teor pessimista. Entretanto, esse olhar separatista despontado por meus olhos, creio eu, que algo de bom serviu, consegui ver que a maioria das relações são de vidro e que a menor pedrinha pode trincá-las ou até estilhaçá-las.

As relações de vidro são compostas como toda relação, acredito que o que as faz ser de um material tão sensível seja o mais obscuro nos corações. No fundo, todos somos realmente egoístas. Quando estamos mal sempre queremos que as pessoas percebam e venham nos acudir. Mas, é impossível alguém fazer isso se não dedicar a relação a um nível de cumplicidade e intimidade. Perceber o olhar de alguém sem precisar de palavras é um dom que só amigos possuem. E um casal incapaz de fazer isso merece mais a cruz do que amigos que não identificam isso.

Um momento ruim pode afastar as relações. Uma discussão destrói as alianças. Uma palavra desfaz todas as outras ditas antes. Ninguém está a fim de perdoar. Amigos se afastam e culpam os outros. Namorados dividem beijos mas não confidencias. Casais dividem o sexo mas falham na conversa. E sempre a culpa é do outro. Uma parte nossa, mas a parte maior sempre fica para a outra pessoa. Não suporto relações assim. Que acabam ao mudar de emprego, ao término do namoro, geram o término dos relacionamentos, impedem pessoas de se falar quando passam no mesmo corredor.

Não entendo esse mundo, essas pessoas. Por isso, me resguardo de relacionamentos, são tão frágeis que só de se pensar que o mínimo movimento os destruiria me dá preguiça em tentar. O ser humano, às vezes me passa pela cabeça, merece mesmo ser extinto em um apocalipse qualquer. Não é atoa que Deus só deixou uma lei, dita por Jesus, aos homens. Amem ao próximo, dizia ele. Parece tão óbvio, porém não é. As relações ficaram tão de vidro que se importar com os pensamentos e sentimentos do próximo é raridade. "Primeiro eu, depois você!", ao menor confronto, embate de ideias, revela que ninguém se importa. Se você se importa, danou-se, quase ninguém se importa mais. "Sobrevive o mais forte", essa é a lei do mundo. "Salve-se, salvando os outros" é a lei do amor. Um é vidro o outro é aço. Pena que as pessoas escolheram o vidro e estilhaçam-se umas com as outras todos os dias, e vivemos a catar pedaços e nos refazer porque desprezamos o mais simples conselho dos céus.



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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Aos perdedores com amor...

Os livros contam biografias daqueles que venceram, o telejornal fala histórias de quem se superou no trabalho e vive na nova classe média. Nossos heróis sempre deixam tudo para combater o crime. Os milagres dão pauta às ministrações cristãs. Os jovens que vencem, trabalham, sem drogas e boa saúde são os exemplos na boca dos pais. Quem economiza ou ganha na loto é sortudo e planejador. Os ricos são admirados por terem belas coisas. As mulheres bonitas conseguem emprego mais fácil do que as feias. Os magros se encaixam melhor nas poltronas apertadas das companhias de aviação.

Nesse mundo, quem abandonou tudo e se deu bem é quase um deus. No capitalismo, ser egoísta e próspero é um dom. O mundo é para quem abandona seus medos, compadece das pessoas mesmo tendo que morrer de fome. Bem-vindo perdedores! Esse mundo não é para vocês, mas já que tem que viver aqui, copiem-os e sejam melhores.

Todavia, o perdedor se olha no espelho e não tem forças. Porque no mundo dele tem pessoas que nunca venceram mesmo tendo todos atributos e terem feito todo o esforço para se sobressair. Os heróis deles preferiram ficar com suas famílias e seus amores do que viverem dupla personalidade. Os milagres nunca lhe ocorreram, pois os doentes ainda gritam de dor nos hospitais e os acidentados morrem no trânsito. Em sua realidade, muitos jovens usam drogas e se entorpecem para esquecer suas vidas, não há nada saudável por que o tempo dedicado ao trabalho é demasiado. Nunca teve sorte, nunca ganha nada. Planeja, mas, imprevistos acontecem e como dizem: "o pior é infinito". No mundo deles as mulheres bonitas são raras e a vida tornou, fisicamente, as pessoas feias e com expressão cansada. Os magros passam fome e os obesos se humilham ao passar em toda catraca de ônibus a caminho do trabalho.

Em sua realidade são mais demônios do que anjos, são humanitários por que entenderam que precisam colaborar uns com os outros para sobreviverem. O seu dia é o medo e se for muito piedoso sua família passará necessidade também.

O mundo de cá não foi feito para eles. Resta-lhes o céu. Um Deus piedoso. Opa, dizem por aí que Deus ama os que se dedicam e abandonaram ao pecado. Poxa, até o céu lhe tornou difícil. Se nunca venceram, como podem deixar de ser pecadores. Todavia, Jesus veio para os pecadores, embora ele não esteja mais aqui. Se tudo então que lhes resta é Jesus. Poxa, Jesus... cadê você?


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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Série - O Reino dos Céus #4

Jesus comema uma nova fase nas histórias sobre o Reino, veremos hoje uma nova série de exposições e  conteúdo sobre os últimos dias. Bem vindo ao sofá.

#4

Ouvi, ainda, outra parábola: Houve um homem, pai de família, que plantou uma vinha, e circundou-a de um valado, e construiu nela um lagar, e edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se para longe. E, chegando o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos. E os lavradores, apoderando-se dos servos, feriram um, mataram outro, e apedrejaram outro. Depois enviou outros servos, em maior número do que os primeiros; e eles fizeram-lhes o mesmo. E, por último, enviou-lhes seu filho, dizendo: Terão respeito a meu filho. Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e apoderemo-nos da sua herança. E, lançando mão dele, o arrastaram para fora da vinha, e o mataram. Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores? Dizem-lhe eles: Dará afrontosa morte aos maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe dêem os frutos. Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Essa foi posta por cabeça do ângulo; Pelo Senhor foi feito isto, E é maravilhoso aos nossos olhos? Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos. Mateus 21:33-43

Todo esse fervor em negar o evangelho por parte de alguns judeus foi enfaticamente criticado por Jesus. Os judeus já viviam tempos díficieis e ainda a religião havia se dissiminado como uma forma de controle e manipulação das massas, talvez uma coincidência com alguns dias de hoje, você deve estar pensando nesse momento.

Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando. Mateus 23:13

Jesus mesmo diante dessas coisas nunca se negou a delegar a missão do evangelho e prometer que ele haveria de ser escutado pelos anos que se seguiriam.

E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim. Mateus 24:14

E sobre o fim, Jesus também expôs a posição do Reino do Céus. Claro, com boas metáforas.

Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas. As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas. E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro. Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas. E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos. E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.

Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens. E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe. E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos. Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois. Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles. Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles. E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois talentos. Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; e, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros. Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado. Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
Mateus 25:1-30

As duas histórias falam do despreparo. A primeira, do despreparo diante de seu próprio caráter e de sua própria vida diante do Reino. A segunda, do despreparo com os demais e as coisas confiadas pelo Pai para fazermos em vida. Afinal, nos últimos dias, Jesus prometeu estar de novo com seus irmãos. No Reino dos Céus:

E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide, até aquele dia em que o beba novo convosco no reino de meu Pai. Mateus 26:29

Nos demais livros sobre o evangelho de Jesus vemos praticamente as mesmas histórias, contadas com algumas palavras, às vezes, diferente. Ressalvo o livro de João que é extremamente diferente dos demais, inclusive sobre o Reino. Porém, veremos o que cada evangelista expõe de novo.

Vale ressaltar o amor de Jesus pela divulgação do Reino.

Ele, porém, lhes disse: Também é necessário que eu anuncie a outras cidades o evangelho do reino de Deus; porque para isso fui enviado. Lucas 4:43

Lucas traz um fato muito importante, que Jesus disse, sobre o Reino de Deus. Depois do Mestre ter passado por uma cidade chamada Samaria e ter curado 10 leprosos, foi abordado por um grupo de judeus fariseus sobre o quando viria o Reino.

E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior. Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós. Lucas 17:20-21

A versão do versículo acima é a Almeida Corrigida e Revisada Fiel, na minha mesa tenho uma outra versão, Almeida 2º Edição Revista e Atualiza, que diz: “porque o Reino de Deus está dentro de vós”, o detalhe importante a se dizer aqui é que o Reino de Deus, naquele momento, já estava na terra. Entre eles, sendo expressado em sua totalidade através de Jesus; e dentro deles, através da pessoa do Espírito Santo. Tamanho patamar que fez com que o Messias revelasse um outro fato a acontecer lá na frente quando estivermos em seu Reino.

E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou, para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel. Lucas 22:29,30

Todavia, como o Reino também se manifesta na terra ainda encontramos a preocupação do Pai com seus filhos aqui.

E ele lhes disse: Na verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos, pelo reino de Deus, que não haja de receber muito mais neste mundo, e na idade vindoura a vida eterna. Lucas 18:29-30

As promessas de consolação do Reino também alcançam duas classes de pessoas:
E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus. Lucas 6:20

Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Mateus 5:10


Agora, rumo ao Livro segundo S. João e nossa derradeira conclusão. Até a próxima sexta.


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terça-feira, 17 de abril de 2012

Série - O Reino de Deus #3


De volta ao nosso estudo, vamos continuar de onde paramos, nas infindáveis discussões dos discípulos sobre quem é bom o suficiente para assentar-se ao lado de Jesus. Vemos que na sequência disso, em seus ensinamentos, o Mestre volta a falar sobre caráter e as características de quem entra no Reino.

Bem vindo ao sofá!

#3

Isso faz Jesus voltar aos ensinamentos do Reino:

E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus. Mateus 18:3

Essa comparação da inocência das crianças como uma característica de caráter para os filhos do reino é mais tarde novamente citada. E para justamente ensinar os díscipulos a serem mais compreensíveis.

Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos céus. Mateus 19:14

No mesmo contexto, ao ser abordado por um jovem bem rico, Jesus demonstra que o amor às riquezas podem impedir alguém de entrar no Reino dos Céus. Outra característica do próprio reino demonstrada através das características que não podem haver lá.

Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus. Mateus 19:23

Seguindo o livro encontramos algumas novas parabólas, um pouco diferente das anteriores, tratando de temas e contextos mais específicos, se podemos isso afirmar.

Porque o reino dos céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha. E, ajustando com os trabalhadores a um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha. E, saindo perto da hora terceira, viu outros que estavam ociosos na praça, e disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram. Saindo outra vez, perto da hora sexta e nona, fez o mesmo. E, saindo perto da hora undécima, encontrou outros que estavam ociosos, e perguntou-lhes: Por que estais ociosos todo o dia? Disseram-lhe eles: Porque ninguém nos assalariou. Diz-lhes ele: Ide vós também para a vinha, e recebereis o que for justo. E, aproximando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o jornal, começando pelos derradeiros, até aos primeiros. E, chegando os que tinham ido perto da hora undécima, receberam um dinheiro cada um. Vindo, porém, os primeiros, cuidaram que haviam de receber mais; mas do mesmo modo receberam um dinheiro cada um. E, recebendo-o, murmuravam contra o pai de família, dizendo: Estes derradeiros trabalharam só uma hora, e tu os igualaste conosco, que suportamos a fadiga e a calma do dia. Mas ele, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço agravo; não ajustaste tu comigo um dinheiro? Toma o que é teu, e retira-te; eu quero dar a este derradeiro tanto como a ti. Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom? Assim os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos. Mateus 20:1-16

A igualdade de tratamento, diferentemente dos reinos comuns da terra, o Reino de Deus trata a todos da maneira que convém ser justa e boa. Incrivelmente esse tipo de característica não era assimilada pelos díscipulos que insistiam em permanecer em algumas ideias completamente diferentes dos princípios do Reino.

Então se aproximou dele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-o, e fazendo-lhe um pedido. E ele diz-lhe: Que queres? Ela respondeu: Dize que estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino. Mateus 20:20-21

Jesus trabalha cada vez na compreensão deles acerca da pluralidade do Reino. Sendo que muitas vezes os “desprezados pecadores” compreendiam muito mais a grandeza da Graça do evangelho de Jesus.

Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha. Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi. E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus. Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer. Mateus 21:28-32

Essas coisas, apesar de passar desapercibidas ao olhos da maioria daqueles judeus, eram tratas com bastante seriedade pelo Messias, que já sabia que toda a mensagem seria, por muitos, desprezada. Porém, não tardou em avisá-los nem das consequencias muito menos dos fatos que se dariam.


Paramos por aqui por hora. As comparações com o Reino tomam outro rumo, mas isso é assunto para sexta-feira.


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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Série - O Reino de Deus #2


Bom dia galera! Voltamos com o estudo e partimos para um dos melhores capítulos que falam, quase em exclusividade, sobre o Reino de Deus. É muito importante destacar entre cada capítulo da série que o Reino de Deus não é igual a um reino com um rei humano e os moldes que estamos acostumados a ver nos filmes e livros de história. Mas, isso faz parte da conclusão. Chegaremos lá. Bem vindo ao sofá.

#2
Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem, pegando nele, semeou no seu campo; O qual é, realmente, a menor de todas as sementes; mas, crescendo, é a maior das plantas, e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu, e se aninham nos seus ramos. Outra parábola lhes disse: O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado. Mateus 13:31-33

Provavelmente, você sinta uma facilidade, em uma primeira vista, em descriptografar as histórias. Vivemos em uma sociedade altamente simbólica e visual, além de carregarmos todo um contexto histórico das histórias cristãs. Claro que não é tão simples, e não foi nem para os díscipulos que estavam acostumados com aqueles exemplos no seu dia a dia. Vemos em Mateus 13:36-43 que eles precisaram de perguntar a Jesus sobre algumas histórias especificamente.

Agora, continuando a exemplificação, Jesus acrescenta mais uma história que desperta, pelos a mim, uma curiosidade maior.

Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo. Mateus 13:44

Em certo modo, Jesus sempre traz características em seus personagens. Seja profissão ou modo de vida. Essa história não nos revela quem é esse homem, apenas que ele encontra algo valiosíssimo para si, chegando ao ponto de vender tudo, pouco ou muito, o que tem para comprar o campo. Ele não usurpou o tesouro, ele não pagou o preço pelo tesouro, até porque foi por ele mesmo considerado mais valioso do que suas posses. Ele compra o direito de ter para si o tesouro. O que era? Jesus não disse. Que benefícios lhe traz? Não sabemos. Porém, o Reino dos céus é semelhante a isso. Ousaria tentar um definição, provavelmente incompleta, de que é exatamente o desejo incalculável de tê-lo. Ou melhor, que ele provoca um desejo, sem métricas, para se tê-lo. Talvez. Essa história me fascina, gosto de não fechar uma pensamento sobre ela. Bom, continuemos...

Outrossim, o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas; E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a. Mateus 13:45-46

Interessante essa nova história contada. Parece, se olharmos desapercebidos, que é tal qual a outra. Mas, dessa vez Jesus não compara o Reino dos Céus ao objeto que desperta a vontade de vender tudo para se tê-lo. O Reino é comparado agora ao homem que faz isso, só que não é qualquer homem, e sim um que estava incubido para fazer isso. Provavelmente, os discípulos tenham compreendido a metáfora para o plano da salvação nessa história só depois dos fatos ocorridos.

Igualmente o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade de peixes. E, estando cheia, a puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora. Mateus 13:47-48

A última história da sequencia apresenta o final da narrativa. A mensagem contada pelo Reino, o crescimento dele e nele gerado, o desejo pela sua busca e também pela sua busca de filhos para o Pai e, por fim, a realidade de que muitos se aproximam dele por qualquer outros motivos, menos pelos que deveriam. Esses, infelizmente, um dia serão distanciados do Reino em que estiveram, mas que nunca tiveram em seus corações. O verso 52 do mesmo capítulo encerra colocando que todo escriba/professor ou responsável pela sua divulgação é como um pai que diante de sua família tira de seus pertences coisas novas e coisas antigas.
A seguir vemos na história do Mestre um fato marcante sobre o Reino. Jesus concede aos seus díscipulos a possibilidade de ligar e desligar algo na terra e em seu reino.

E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. Mateus 16:19

Concordar, dizer, expressar, ser ouvido, ser atentido. Essas coisas são um dos variados significados desse versículo. Muitos homens vêem as manifestações do Reino de Deus das mais inimagináveis formas possíveis.

Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino. Mateus 16:28

Por exemplo, algum tempo depois Jesus levou alguns de seus díscipulos para um monte e eles puderam ver ele se manifestando em glória celeste. Porém, isso não os tornou mais santos. E sem dizer que ainda imaginavam o Reino de Deus igual ao reino de seus imperados romanos.

Naquela mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no reino dos céus? Mateus 18:1


Paramos por aqui por hora. Veremos como Jesus, depois de tudo isso, voltou ao assunto de ensinar aos discípulos como não compararem o Reino dos Céus a um reino humano. Até terça-feira.


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terça-feira, 10 de abril de 2012

Série - O Reino de Deus #1


O que é o Reino de Deus? Existem tantas complicações para se definir algo que, após esse estudo, pareceu ser tão simples. Vamos então começar uma boa conversa sobre isso? Bom, nosso ponto de partida foi o seguinte pensamento: quem pode falar do Reino com propriedade é quem o conheceu por completo. Nesse caso, Jesus Cristo, então adotamos o estudo nas bases dos 4 evangelhos da Bíblia. Qualquer outro autor só deve ser levado em conta se, somente se, inspirar-se em Jesus. Então, relevamos todos eles e partimos direto para a fonte. Os textos estão com base na ordem de pensamento do estudo. Ou seja, vamos garimpando e ao final faremos uma recapitulação com conclusões. Não perca e se perder volte e leia na ordem. Toda terça e sexta, às 11 horas da manhã, vai sair um novo texto. Bem vindos ao sofá.

#1

João Batista anunciava o Reino dos Céus. Uma expectativa que, provavelmente, era de muitos judeus da época.

E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus. Mateus 3: 2

O Reino era uma aspiração celestial, ao mesmo tempo que uma expressão terrena também. De certa forma, a busca por esse Reino era pelo esforço, e esse por sua vez foi o ponto de partida da pregação de Jesus. No sermão do monte essas primeiras impressões foram bastantes enfatizadas.

E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. Mateus 4:23

Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus. Mateus 5:19,20

Nessa ordem teremos a oração do pai nosso, mas vamos pulá-la agora para lhe dar um destaque no final.

Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mateus 6:33
Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Mateus 7:21

Importante destacar a oração do Pai Nosso durante a ministração do sermão, conhecido pelo nome de “sermão da montanha”. O verso: “venha o teu Reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu”, traz um entendimento, que visto dentro do contexto da oração feita, nos revela praticamente toda uma síntese da ideia de Jesus sobre o Reino. Caminharemos nas leituras para retornar a ela em um momento perto do desfecho.

Uma outra característica do Reino, apresentada cadencialmente por Jesus aos judeus, é de que seu povo não seria apenas judeus e sim uma multidão de diferentes raças que se encontrariam ao encontrar o próprio Reino. O texto a seguir traz um contexto bastante interessante, quando o Mestre se admira de ver o entendimento da fé cristã em um romano, coisa que ele mesmo disse não ter encontrado entre os filhos judeus.

Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus; E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes. Mateus 8:11-12

Em todos os dias Jesus continuava a expor o Reino dos Céus, de diversas maneiras, e acrescentando novas temáticas e características no decorrer de cada discurso. Como príncipio, até aqui, ensinava as multidões e um grupo de díscipulos, que foram escolhidos para acompanhá-lo em tempo integral, até que impulsionou o ensinamento do Reino para um nível diferente: o estágio da vivência do próprio Reino. Jesus então designa a mensagem do Reino para cada um dos díscipulos. Não que eles tenham compreendido plenamente o que era, todavia esse fato é tão peculiar que merece ter nossa atenção aos acontecimentos decorridos dele.

E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. Mateus 9:35

E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus. Mateus 10:7

Muitos ainda não tinham tido a revelação completa do Reino, o próprio João Batista era um exemplo, pois estando preso ainda pediu que seus díscipulos pessoais fossem até Jesus e lhe indagassem sobre todas essas coisas.Talvez, e enfatizo esse talvez, as coisas se dessem nesse modo pelo esforço que até o momento sempre tinham que fazer para alcançar a revelação das coisas espirituais. Penso sobre isso exatamente ao ler o texto em que Jesus deixa novamente claro que até aquele momento o esforço designava a recompensa do Reino, porém a partir daqui ele estabele um marco, um antes e um depois.

Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele. E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele. Mateus 11:11-12

Aquela época foi carregada de tensões, alguns humildemente procuravam Jesus para compreender os mistérios apresentados, como João Batista, entretanto, muitos por apego às suas doutrinas partiam para uma ofensa desmedida e abusiva dos ensinamentos de Jesus. Em determinado momento os fariseus (ramificação doutrinária dentro do próprio judaismo) partiram para a blasfêmia, a expressão declaradamente degradante do ministério e do Espírito de Jesus. O mestre revela a posição celestial diante dessas palavras contra seu Espírito e expõe as verdades diante dos olhos daqueles homens. Um dos textos que falam do Reino nesse episódio traz exatamente a afirmação de que seria incabível a ausência da presença de Deus no ministério do Messias.

Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus. Mateus 12:28

Naquele mesmo dia, explica S. Mateus, Jesus traz uma de suas primeiras parábolas, histórias, sobre o reino. E uma posição de alto contraste em seus ensinamentos, a explicação de que, ao contar as histórias, esse ato era para que as maravilhas do Reino fossem reveladas para alguns, enquanto para outros passassem desapercebidas.

Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. Mateus 13:11-13

Esse contexto é o da parábola do semeador, uma primeira metáfora para aquela situação onde todos ouviam a mensagem do Reino, porém cada um tinha uma forma diferente de recebe-la. Logo após acrescentou uma outra história, sobre uma semente plantada em boa terra, todavia ao crescer, traz um fato aos colheitores: a existência do joio. Um tipo bastante semelhante ao trigo, porém que não serve para os mesmos fins que o trigo. Isso é semelhante ao Reino dos Céus.

Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo; Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio. E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio? E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo? Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro. Mateus 13:24-30

À mesma conversa, tiveram mais duas histórias acrescentadas sobre o Reino. Ambas parecem dizer a mesma coisa, porém revelando características diferentes. O assunto, crescimento do Reino. O modo, na primeira, o crescimento dentro de uma pessoa ou algo a ela pertencente, que gera uma base forte e auxílio/descanso para os demais; na segunda, o Reino é o fator que gera crescimento, por si só, em algo específico.

Paramos por aqui por hora. Até sexta-feira.


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terça-feira, 3 de abril de 2012

Vamos para casa...




Sonho há algum tempo, para não dizer curiosamente há alguns anos, um mesmo sonho. Não necessariamente o mesmo, mas o mesmo tipo de sonho. Fugindo. Fugindo de algo, de um lugar, de alguém. Fugindo com alguém, sozinho ou em grupo. Fuga para algum lugar comum, desconhecido ou lugar nenhum. Não sei se na teoria dos sonhos de Freud isso teria algum significado e, como não sou especialista, prefiro tentar não descobrir. Logo, muitas noites prefiro não sonhar. Oro para não sonhar. E sonho pesadelos, fugas, ou coisas que esqueço ao acordar. Sonhar com gargalhadas, alegrias e coisas afins, creio eu, que nunca, ou me esqueci se houve, tive um sonho do tipo.


Porém, sonhos me lembram esperança. Daquelas esperanças bobinhas de que há um lugar melhor, um trabalho melhor, um povo melhor, um alguém melhor. Passo então a gostar de sonhar, não os sonhos que temos enquanto dormimos, e sim daqueles de olhos abertos, olhando para lugar nenhum e onde os pensamentos bem acordados conseguem tecer a mais complicada possibilidade de tudo dar certo.


Todavia, é bem sabido que esses sonhos nos deixam um pouco abobalhados. Com os olhos lá e os pés aqui podemos nos perder em uma falta de sincronia do nosso corpo. E aí bate uma imensa saudade de casa... Não a casa de agora, mas aquela de lá. Lá do sonho, lá longe. Entendemos que precisamos voltar para ela, um saudosismo de um lugar onde nunca estivemos de verdade. E então ouço um certo ceticismo ao pé do ouvido: "deve mesmo ir?".




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terça-feira, 20 de março de 2012

Na real...



Conversar é muito bom. Há tantos assuntos possíveis que muitas vezes ficamos até sem saber qual assunto puxar. O engraçado de conversar é que descobrimos opiniões, expressamos sentimentos, falamos o que provavelmente nunca faríamos realmente, todavia sempre nos divertimos. Não no sentido completo da palavra, mas nos divertimos por que quando falamos e ouvimos aprendemos e nos completamos. Isso gera uma sensação boa e acaba por divertir o dia a dia massacrante. 


Diga-me então por que cargas d’água têm gente que só fala da mesma coisa. Sempre o mesmo assunto. Se você ousar puxar outro assunto a pessoa ainda consegue de um jeito ou de outro mudar todo o diálogo para aquela mesmice de sempre. 


Você se afasta aos poucos. Afinal, ninguém sobrevive a um relacionamento tão chato. De certo alguns sobrevivem, mas exceções não são as regras. 


Por fim, fica a dica de hoje. Se você fala de illuminattis, anjos e demônios, vida ou morte, céu ou inferno, pecado e julgamento. Por favor, compre um livro de auto-ajuda do tipo – Aprenda a manter conversas e bons diálogos – leia e estude esse assunto. Talvez você encontre um capítulo sobre: “pergunte a pessoa primeiro como ela está”, “comente algo que viu na TV”, “fale de coisas divertidas em dias chatos”, enfim, sei que um livro de auto ajuda irá ser bastante útil em voltar a ter amigos mais frequentes e sem esforço. Talvez assim você cumpra sua missão de amar ao próximo, afinal o “próximo” vai estar perto de você, né?! Fica a dica.



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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O meio-fio


Caminhar por longos quilômetros é sempre bastante cansativo. Já fiz boas caminhadas por Brasília, de uma ponta a outra ou de um ponto ao outro. Caminhando sem rumo ou inventando um rumo. Em um colóquio de uma pessoa ou em um monólogo entre duas ou mais pessoas. Caminhar faz bem - é o que os médicos dizem - ao coração, para melhorar a musculatura ou aliviar a preguiça em um belo ou grosseiro dia. Porém, uma coisa é certa: caminhar cansa.

Se sua caminhada for daqui para ali talvez não canse. Mas uma boa e longa caminhada cansa. Portanto, faz-se necessário uma pausa. Em uma caminhada prevista, possivelmente, haverá pontos de pausa. Em caminhadas arranjadas pode não haver nenhuma. Nesses casos, durante o diminuir do ritmo dos passos, o corpo vai lentamente trocando o vigor pela procura de um lugar de descanso. Quando não se encontra se inventa. Se não há banco a pausa pode ser muito bem dada em um meio-fio.

E ali, no meio-fio, que se passa as melhores reflexões: "porque entrei nessa empreitada", "me sinto realizado e estou quase chegando", "devia ter trago algo para comer", "posso voltar de ônibus", "terei que voltar tudo", "não achava que o caminho era tão longo", etc. Esse período de descanso é quando sua mente mais vai questionar e julgar se foi boa ou não essa decisão. Outras pessoas poderão passar perto e tomar algumas opiniões próprias, todavia, somente você saberá se valeu ou não a pena e o que fará a seguir.

Partindo então para o ponto, óbvio, em que se usa os três parágrafos anteriores para se fazer uma analogia qualquer da vida, pretendo-me utilizar de um único texto e uma afirmação:

O texto:


Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.
Mateus 13.44

A afirmação:

Se ousar caminhar em busca do espiritual vai chegar em um momento de extremo cansaço e o meio-fio será a melhor opção para uma pausa em um terreno desconhecido. Parar no caminho atrairá a atenção e preconceito de muitos, além do fervilhar de pensamentos na sua mente sobre a decisão tomada, se foi sensata ou não. Portanto, parar é digno para aqueles que peregrinam, se levantar e voltar a procurar, encontrar e viver o que encontrou é uma característica, única, concedida para aqueles que buscam o Criador.

É uma opinião. Boa semana.

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