terça-feira, 9 de outubro de 2012

#CRITICA - Proletários e o sonho americano, ops... brasileiro.


O Brasil está em bons tempos econômicos, ouvi algumas pessoas falando. A nova classe C está tendo poder de compra, vi em outro relatório outro dia. Eleições anunciam grandes fracassos ao poder, se interpreta do resultado das eleições; a classe B se institui com mais força esse ano, é a nova pauta dos jornais. Os juros prometem cair, as taxas bancárias também. Um bolha imobiliária se infla mais não estoura. Resumindo, nosso país está muito bem. Ou não.

Aqueles que vendem o produto do seu esforço humano, trabalho, em troca de sobrevivência está seduzido pelo capitalismo inalcançado, tendo mais cédulas de reais para gastar, porém, reforçando o ciclo desse mercado que agora está fazendo campanhas específicas para eles. Como assim? Bem, o nome disso é proletariado. A grande massa de pessoas que não podem usufruir do seu trabalho para vendê-lo sem se vender, e se permite a explorações para poder sobreviver. Sim, não serei hipócrita, as condições de trabalho melhoraram, as leis de CLT estão bem solidificadas no país, a justiça trabalhista é uma das mais rápidas e a cada dia parece que essa massa está muito bem. Todavia, lá no fundo da questão. Os proletários continuam trabalhando porque parar significa extinção.

Mas eles podem trabalhar e ainda ter um dinheirinho para um iPhone! Eles podem consumir viagens pelo Brasil. Os novos classe média podem parcelar produtos caros. Isso para mim parece tudo ilusão. Na verdade, me aparenta uma outra palavra: tortura. É torturante ter que trabalhar dois anos ou mais pelo sonho capitalista de conhecer a Europa. Me parece angustiante trabalhar e vender sua mão de obra aguentando qualquer coisa para poder comprar um Negresco para o filho todo o mês. Se endividar, depois limpar o nome, depois parcelar, depois pagar as atrasadas, depois quitar e depois comprar de novo uma nova coisa. Uau! Que correria. Quando você menos percebe, gastou a vida tentando ser menos proletário. Acabando, por fim, sendo mais proletário ainda com sonhos capitalistas para no fim repassar isso como tradição para sua prole. Tente escapar! - ouço um desses dizer ao filho. E como o sistema é tão bem montado, vamos lá para o início do texto começar tudo de novo, só que dessa vez com os herdeiros do pobre coitado que vendeu sua vida em troca de nada, por desejos que nunca teve realizados no final das contas.

Agora sim, nesse texto faz sentido usar a frase: "Proletários de todos os países, uni-vos!".



___________________________________________________________________


Curta a página no Facebook para interagir mais ou comente abaixo.

Nosso email: fiodarabiola@gmail.com



Nenhum comentário:

Postar um comentário