segunda-feira, 29 de outubro de 2012

#NAOLEIA - Série: Comentando o Sábio Mulherengo - #1

Nwardez by Flickr


Se você está lendo já desobedeceu a primeira expressão que eu disse. Desobediente. Ovelha negra.

Se ainda insiste até essa linha você é um renegado incurável. Tem perguntas que te inquietam e talvez até duvide de que exista alguém para respondê-las. Nessa caso, já que sua ousadia não tem cura só me resta dizer "bem-vindo". Ouso assumir que sou louco e comentar as falas de um homem mulherengo. Todavia, uma pessoa inquietante.Em sua história preferiu a sabedoria do que as mulheres. E não é que por ter sido sincero nesse pedido ele não ganhou justamente sabedoria, mulheres e riqueza. Haja sorte assim para um homem só. Porém, quem caminha atrás de sabedoria acaba por descobrir estranhas verdades. Como disse um personagem de um livro que será lançado: Não busque a verdade se não estiver disposto a aceitá-la quando a encontrar.


Eis o início do falatório:


Sábio Mulherengo, vulgo Salomão, em seu segundo livro denominado "Eclesiastes":


Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém.
Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.
Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?
Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.
Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.
O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.
Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.
Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.
O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.
Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois.
Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém.
E apliquei o meu coração a esquadrinhar, e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; esta enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar.
Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito.
Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode calcular.
Falei eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; e o meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e o conhecimento.
E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que também isto era aflição de espírito.
Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.
Eclesiastes 1:1-18
 Já lhe ocorreu aquela sensação de "para que raios eu estou fazendo isso?", comigo já e inúmeras vezes. Acho cômico o início de um sermão de um velho sábio começar com "vaidade... vaidade... vaidade". O que menos admitimos na vida é que somos vaidosos. Fazemos isso ou aquilo para os outros mas prestamos relatórios e colocamos fotinhas nossas chorando nas redes sociais. Vaidoso! Trabalhamos duro e gastamos com nós, ou nossa família, é claro. Para que? Para todos terem o melhor, serem os melhores e no final das contas podermos dizer que estamos bem. Vaidosos! Fazemos rituais religiosos e contamos para todos, obviamente, disfarçadamente entre uma linha e outra em um contexto que foi costurado singularmente para não parecer ostentação. Vaidosos! E no fim de um pensamento como esse refletimos: "que diferença isso faz!" O sol sobe e desce, o vento vai e volta, as águas seguem ignorando o fato de clicarmos elas no Instagram. E assim, trabalhamos em um sistema humano que não precisaria existir. Geração após geração. Repetindo um ciclo que propagamos não haver anteriormente existido. E como aqueles loucos que afastamos em hospitais psiquiátricos, também levamos nossas vida dizendo que somos normais e, diferentemente, caminhamos nas ruas sendo apenas "nós mesmos".

Então, tirando as fotos dos álbuns e os livros que sobreviveram ao tempo, temos um pedaço da imensa verdade do que foi o passado. Julgamos ser completa, todavia, o mais completo livro ainda é incompleto em relação ao todo que aconteceu realmente.

O velho foi rei, teve muitas mulheres. Muitas mulheres, mesmo! E se dedicou a desvendar algumas perguntas. E percebeu que tudo isso, até o motivo que lhe fez escrever o livro, era vaidade e não só isso, como também aflição. "Porque?" Pergunta você todo afoito esperando ouvir a resposta. É simples, por que você não obedeceu o que deveria ter obedecido: #NAOLEIA. Procurar o conhecimento implica em descobrir verdades. E mesmo que você diga que está pronto para elas. Bem, meu amigo: VOCÊ NÃO ESTÁ! Existem verdades que te enlouqueceriam mesmo você já em sua vaidade dizer: "Eu já vi de tudo nessa vida". Não, você não viu! Muita sabedoria é cansaço (enfado) e quanto mais você tiver mais dor terá porque terá que carregar o fardo de saber dessas verdades e ter que decidir o que fazer com elas.

Assim,  o velho mulherengo começou seu segundo livro de sabedorias. Aqui deveria ser a pausa em sua vida. Realmente quer seguir a jornada? Realmente quer ler o que esse amante das mulheres tem a dizer? Quer dor, cansaço? Não busque a verdade se não estiver pronto para aceitá-la quando a encontrar. Digo isso a anos e ninguém me escuta. Não volte aqui amanhã. E acima de tudo, leia qualquer coisa desse blog. Menos essa série, é claro.




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