domingo, 26 de junho de 2011

O poder dos sonhos

"Eu grito para ti ó Deus: Vem me socorrer"


Essa canção embala minha noite a poucos minutos de sair para ver meus irmãos. Passei quatro dias bem inúteis. Incrível como quanto mais tempo disponível eu tenho menos coisas eu faço. Mas ao meu feriado reservo o esquecimento e espero ansiosamente a segunda-feira. Mas de que importa o meu cotidiano a vocês que lêem o blog? Para nada, essa é a verdade. Então passamos ao colóquio relevante:



Sonhos e Pesadelos


Um fato foi que sonhei bem menos nesses dias, alguns pesadelos. Sonhos viraram pesadelos. E outros se dissolveram em uma esperança longínqua. Peguei-me desejando sonhar velhos sonhos quando me deitei essa noite.

Um livro do antigo sábio Salomão* diz um conselho bem interessante e no mínimo curioso, resumindo: Quando nos assentamos com pessoas de alto escalão devemos temer entrar nas lisonjas deles, se imaginarmos algo de suas "delicadezas" o que não era delicado pode se parecer assim para nós e cairmos em uma grande armadilha.

Claro uma parte dessa história é utilizada fora de contexto em grandes sermões positivista e de auto-projeção-futurista.

O fato é a verdade sobre a imaginação, assim como imaginamos é como nosso cérebro acredita que é.

Não que tudo que for imaginado acontecerá, pode ser que não. Todavia imagine o silêncio agora, imagine uma canção bem sutil ao fundo, talvez essa imaginação seja real, talvez não. Porém, lhe reservo um segredo: No meio dos sonhos ou dos pesadelos, pare um pouco e imagine estar vivendo com o Espírito Santo ao seu lado. Talvez seu cérebro acredite que ele esteja lá, talvez você o sinta. Ou, pare de imaginar e criar na mente sua "vida espiritual", afinal talvez nada disso dê certo porque no final das contas imaginar sobre aquilo que já é e já está é uma tremenda perda de tempo.



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B. Lobo.



*Pv 23.1-9

quarta-feira, 15 de junho de 2011

CORTAR O TEMPO

Por Carlos Drummond de Andrade




Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente

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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Humanos - Parte 01






 "Um olhar para o céu, nossa casa, esquecendo o mundo e caminhando de volta ao lar!"


Cresci com um ar de nômade permeando os ambientes em que andava. Como logo cedo fui pra igreja evangélica esse ar foi da esfera externa para a interna e rapidamente me vi um peregrino em terra alheia.
Nossa casa era o céu, estávamos no mundo, todavia sem ser daqui. Olhava o céu desejando-o, sentia saudades como se tivesse passado as últimas férias lá. Desejava tanto ir além das nuvens...


Até que me fizeram o favor de, a um evangélico, pregar o evangelho. Suspirei ao destino e tomei rumo ao Cristianismo. Fui buscar em Jesus Cristo as palavras suaves que ouvi.  Deixei a religião, ou melhor, estou deixando a religião e tentando trilhar um caminho junto ao Guia da Verdade.
Hoje, da fama de questionador que me impuseram, resolvi entender um pouco do saudosismo daquilo que não vivi.

"Um olhar para o céu, nossa casa, esquecendo o mundo e caminhando de volta ao lar!"

Jesus, esse papo de andarilho terráqueo foi dito por você quando mesmo?

Para escrever esse texto fui ler as 04 versões do evangelho, amplamente aceitas, a saber: Os evangelhos segundo Mateus, Marcos, Lucas e João.

Reservo a primeira parte desse texto para as versões de Mateus e Marcos.
Ao lê-las não encontrei nenhuma menção de um Jesus dizendo para aspirarmos ao além em detrimento do aquém. Claro, antes de comentários logo abaixo, estou referindo à Mateus e Marcos. Fique calmo na sua cadeira!

Onde quero chegar? Simples! Já ouviu o ditado popular “o que os olhos não vêem, coração não sente”?

As pessoas confundem o esperar em Jesus com o desejar o Céu a ponto de desprezar a Terra. Muitos abominam tudo que se pode ter no planeta por desejar ser levado ao céu. Isso faz com que algumas coisas diminuam...

- A humanidade. Tudo gira em torno das “almas”, meio estranho para quem não é do convívio evangélico. Mas a verdade é que todo interesse em alguém ou em uma amizade se dá para atraí-la a uma igreja, uma religião e por fim a salvação. Não se importa com o Homem, por ser humano, com as pessoas por ser pessoas.

- A gratidão. É sim, essa é a palavra. “A terra deu Ele aos filhos dos homens...” lembra do Salmo? Lembra-se que esse globo foi feito para nós cuidarmos dele? Queremos tanto sair dele e abandoná-lo a uma cadência de destruição que simplesmente estamos negligenciando um presente de Deus.
Daí você diz... E quando Jesus orou “eles não são do mundo”, isso guarda especialmente para a parte dois do texto, pois foi dito no livro segundo João.

Todavia uma palavra surge nessa recapitulação dos evangelhos (Mateus e Marcos).
“VIGIAI”
E quando ela foi citada o contexto é acompanhado por duas, ou melhor, três parábolas.

- As dez virgens. Vigiar. 5 mantiveram acesas as lâmpadas, as demais por falta de óleo deixaram as suas apagar.
 - A história dos servos que ganharam talentos (alguma coisa que poderia ser taxada como propriedade de troca, dinheiro, habilidades, títulos etc.). Todos investiram e multiplicaram apenas um enterrou e nada fez com ele.

Contexto de ambas: Alguém voltaria para encontrar com eles, na primeira o noivo, na segunda o dono dos talentos. Ambas as personagens ilustram a identidade de Jesus.

Conclusão simples: Esperamos o Messias voltar, por isso não podemos negligenciar a presença do Espírito Santo em nossas vidas (óleo) e muito menos sermos omissos quanto ao que fomos destinados a fazer.

O que fomos destinados a fazer?

A terceira estória antecipa a própria comissão da missão cristã. Essa parábola fala sobre o julgamento das nações, onde as pessoas pelos atos que tiveram em relação às demais pessoas seriam julgadas. Os indivíduos que se posicionaram na missão cristã (AMAI AO PRÓXIMO COMO EU VOS AMEI, frase de Jesus Cristo) ouviram:

“Quando fizeram por um destes, fizeram a mim”

Estes herdariam o céu, os demais por omissão estariam encrencados. Em ambos os livros, Mateus e Marcos, o final é descrito pelo colóquio de Jesus com seus discípulos. Onde mundialmente são reconhecidas as últimas indicações missionais dadas por Jesus. Todas voltadas para o ser humano.

Conclusão da parte 01:

Quanto menos olharmos a Terra e as pessoas que moram aqui, menos perceberemos a necessidade, já previamente exposta por Jesus, de ajudarmos e amarmos uns aos outros. E fazer um olhar tão mesquinho assim não me parece ser a vontade de Jesus. Reflita.

Tem mais, muito mais sobre esse assunto, vale passar aqui no sofá semana que vem... na Parte 02.


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 Por B. Lobo