terça-feira, 3 de abril de 2012

Vamos para casa...




Sonho há algum tempo, para não dizer curiosamente há alguns anos, um mesmo sonho. Não necessariamente o mesmo, mas o mesmo tipo de sonho. Fugindo. Fugindo de algo, de um lugar, de alguém. Fugindo com alguém, sozinho ou em grupo. Fuga para algum lugar comum, desconhecido ou lugar nenhum. Não sei se na teoria dos sonhos de Freud isso teria algum significado e, como não sou especialista, prefiro tentar não descobrir. Logo, muitas noites prefiro não sonhar. Oro para não sonhar. E sonho pesadelos, fugas, ou coisas que esqueço ao acordar. Sonhar com gargalhadas, alegrias e coisas afins, creio eu, que nunca, ou me esqueci se houve, tive um sonho do tipo.


Porém, sonhos me lembram esperança. Daquelas esperanças bobinhas de que há um lugar melhor, um trabalho melhor, um povo melhor, um alguém melhor. Passo então a gostar de sonhar, não os sonhos que temos enquanto dormimos, e sim daqueles de olhos abertos, olhando para lugar nenhum e onde os pensamentos bem acordados conseguem tecer a mais complicada possibilidade de tudo dar certo.


Todavia, é bem sabido que esses sonhos nos deixam um pouco abobalhados. Com os olhos lá e os pés aqui podemos nos perder em uma falta de sincronia do nosso corpo. E aí bate uma imensa saudade de casa... Não a casa de agora, mas aquela de lá. Lá do sonho, lá longe. Entendemos que precisamos voltar para ela, um saudosismo de um lugar onde nunca estivemos de verdade. E então ouço um certo ceticismo ao pé do ouvido: "deve mesmo ir?".




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