terça-feira, 22 de março de 2011

Quem é você? #4

“[...]desse trauma de ser Cristo Vira o disco, chega deixa disso,chega.”

Esse título é trecho de uma música da Zélia Duncan chamada “Deixa Disso”. Incrivel música e linda letra. Interessante perceber que a frase citada é quase um ideal de algumas pessoas. O que me deixa incrivelmente preocupado. Se notarmos, algumas dessas ilusões são amplamente propagadas e acabam por convencer as pessoas fortemente. Forçando-as a viverem uma vida dura e díficil em busca da perfeição de Cristo. Será que é dessa forma, ou essa intenção do Messias?





QUEM É VOCÊ? #4



S. Mateus Capítulo 16
24     Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me;
25     Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.




Esse é o versículo utilizado com o argumento “você precisa carregar sua cruz!”. O que é essa cruz? Muitos interpretam como seus pecados, vícios, destino, chamado, algo que lhe incomoda, uma pessoa que você tem que aturar etc. Acho interessante que as pessoas esquecem o que é a cruz. Uma punição, pena de morte, uma sentença de execução. Ou seja, antigamente quando a pessoa carregava a cruz, a carregava para o local onde seria CRUCIFICADO. Obviamente ela estava carregando sua própria sentença de morte. Para a morte.




Se precisamos carregar nossa cruz e ela é toda sorte de mazelas que acreditamos ser, claro que estamos falando que morreremos nelas. Que coisa horrenda! Imagina você ter algo tão odioso em sua vida, repugnante ou enfadonho, e você precisar carregar isso enquanto estiver aqui e sua morte será dada em conta disso. Isso é desesperador. E o Cristo nos mandou carregar a cruz para isso? Cadê aquele discurso de paz e salvação?




Pare um momento. Aprenda a não ler versículos isolados. O contexto se segue com o seguinte resumo: Jesus multiplica os pães para uma multidão de pessoas, depois desse milagre vem um grupo de incrédulos pedindo um sinal de que ele era o Messias, mas Jesus acabou de fazer um sinal gigantesco, isso então termina em um diálogo tenso. Depois Cristo indo com os discípulos lhes avisa para ter cuidado com o “fermento” dos fariseus, lógico fazendo menção ao discurso incrédulo que incita a discórdia. Eles não entenderam e começaram a falar “abobrinhas”. Jesus para e explica. E percebe então que provavelmente aqueles homens também não deveriam acreditar assim nele. Surge a pergunta “Quem vocês acham que eu sou?”. Pedro tomando a frente responde que ele era o Messias, filho de Deus. O Mestre sente-se então na liberdade de contar como seria sua morte, o mesmo Pedro toma a palavra de novo e o repreende, Jesus toma a palavra corrigindo Pedro e passa a falar o versículo que citamos acima, depois disso pede para que eles o sigam e toma rumo na viagem.




O que os discípulos não entenderam aquele dia, mesmo achando que sabiam o que Jesus estava tentando explicar, era a coisa mais lógica do mundo. “Carregar a cruz não significa morrer na cruz”.




S. Marcos 15
21 – E constrangeram um certo Simão, cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.




No dia em que Jesus foi crucificado um exemplo disso aconteceu. Fizeram outra pessoa carregar a cruz de Jesus logo após ele. Ou seja, a cruz era punição da pessoa por algo. Se Jesus não havia feito nada de errado por que carregar a cruz. Então a exemplificação do que tentará ensinar aos discípulos a tempos atrás ali se estabelecia. Os homens deveriam sim carregar cada um sua própria cruz até o lugar de execução. Porém, ao chegar ali a cruz seria dada a Cristo e ele morreria nela. Só um pode morrer por nossas mazelas, que julgamos ser nossa cruz. E assim sendo nos libertar e nos dar paz na jornada. Esse trauma de ser Cristo, de querer ficar se remoendo por essas mazelas, autopenitentes, achar que vai pagar por elas aqui ou em outra vida, ficar pensando nisso, na memória e de querer salvar o mundo ou por seus atos salvar a si próprio. CHEGA DISSO.




Há somente um salvador, que já veio e já morreu na cruz. Entrega o que você chama de cruz para Cristo. “E quando ele nos fala para sermos como ele?”. Essa é a pergunta mais fácil de se responder, um dia ele disse “Amai-vos uns aos outros COMO EU vos amei.” Quer seguir a Cristo copie seu cárater e seu amor. Esse é o caminho para ele. Entregue suas mazelas para ele cuidar. E descubra a liberdade e a paz de viver sem elas e viver com o autor desse livramento. Seja livre, de verdade. Você consegue? Ele consegue te fazer assim. Tente!

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