terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Olhos. Meus olhos. Seus olhos. Nunca nossos olhos.


Incrível o que os olhos determinam ao seu portador. Não é só uma questão de contemplação, como também uma influência sobre as ideias.

A maldade. Um determina que todos podem controlar, outro determina que ela é inevitável. Aquele que diz a primeira sentença obtém das experiências, suas ou de outros que viu ou soube a história, o fato determinante para seu julgamento. O outro faz a mesma coisa. Ambos se contradizem, ambos provam (pelo menos a si mesmos que estão corretos). Embora um ou ambos possam estar errados, para os indivíduos sempre será difícil essa aceitação.

A pobreza. Alguém se vira e diz que as pessoas são reféns dela, outro diz que é possível vencê-la e se manter aquém de suas influências. Novamente o fato de um e de outro é determinado pela crença, outrora construída empiricamente ou por suas experiências.

Tendências. Opiniões. Previsões, etc. O olho do homem faz dele próprio refém. Ver não significa ver a verdade. Ouvir não significa ouvir a verdade. Sentir não significa sentir o que realmente é. Assim como degustar ou cheirar pode facilmente seguir a mesma sina.

O problema é que o meio de contato do homem com o exterior é através dos sentidos. Esse por sua vez dá forma ao racional e o constrói. Então, os homens sempre serão manipulados e aqueles que conseguirem evoluir dessa fase e entender que o racional pode dar significado ao sensorial mesmo depois de por ele mesmo ter sido moldado, essas pessoas serão por fim as que terão os meios e as ferramentas para manipular ou libertar os homens da alienação.

Boa dia.

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